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ONU pede "passos imediatos" para fim da violência em Mianmar

Os 15 membros do Conselho expressaram "sua profunda preocupação diante da situação" e "condenaram" a violência militar contra os rohingyas

Refugiados rohingyas: a ONU e as ONG só têm acesso à população rohingya em Bangladesh (Mohammad Ponir Hossain/Reuters)

Refugiados rohingyas: a ONU e as ONG só têm acesso à população rohingya em Bangladesh (Mohammad Ponir Hossain/Reuters)

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AFP

Publicado em 13 de setembro de 2017 às 18h53.

O Conselho de Segurança da ONU exigiu nesta quarta-feira que sejam dados "passos imediatos" para pôr fim à violência em Mianmar, ao fim da primeira reunião a portas fechadas em meio ao êxodo da minoria rohingya, iniciado em agosto.

Os 15 membros do Conselho expressaram "sua profunda preocupação diante da situação" atual em Mianmar e "condenaram" a violência militar contra os rohingyas, acrescentou o presidente da instância, o embaixador etíope Tekeda Alemu, durante uma declaração à imprensa.

Na declaração consensual de todo o Conselho, incluindo a China, os países "ressaltam o compromisso do governo de Mianmar de proporcionar ajuda humanitária a todas as pessoas deslocadas sem discriminação".

Todos os membros do Conselho também "concordaram sobre a importância de uma solução de longo prazo para a situação no estado de Rakhine".

O secretário-geral da ONU António Guterres pediu nesta quarta-feira que Mianmar interrompa suas operações militares a minoria.

"Exorto às autoridades de Mianmar que suspendam as atividades militares e a violência e que faça com que se respeite a lei", disse Guterres à imprensa.

"Trata-se de uma limpeza étnica? "Quando um terço da população rohingyas precisa fugir do país, você poderia encontrar uma palavra melhor para descrever" a situação?, respondeu o funcionário à pergunta de um jornalista.

Até o momento, a ONU e as ONG só têm acesso à população rohingya em Bangladesh, depois que foram forçados a abandonar o estado de Rakhine.

Mais de 379.000 rohingyas se refugiaram em Bangladesh desde o final de agosto, fugindo de uma campanha de repressão do exército de Mianmar em represália a ataques de rebeldes rohingyas. Outras milhares de pessoas estariam a caminho.

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