Aleppo: a trégua está sendo aplicada a todos os grupos armados rebeldes, exceto aos considerados terroristas pelo governo em Damasco (Reuters)
EFE
Publicado em 4 de janeiro de 2017 às 14h15.
Cairo - O enviado adjunto da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria, Ramzi Izz al-Din, esteve nesta quarta-feira na sede da Liga Árabe e solicitou aos membros da organização o envio urgente de ajuda médica à cidade síria de Aleppo.
Ramzi se encontrou no Cairo com o secretário-geral do organismo, Ahmed Aboul Gheit, e com os delegados permanentes dos países-membros.
Ele afirmou que todos os hospitais em Aleppo foram destruídos e nenhum está atendendo. Com isso, "a situação da saúde é muito crítica", conforme um comunicado divulgado no final do encontro.
O enviado adjunto solicitou aos países árabes comboios humanitários e médicos para Aleppo, cidade que em dezembro foi completamente reconquistada pelas forças governamentais sírias, após um acordo para a saída de civis e rebeldes.
Ele também falou sobre os esforços internacionais e da ONU para conseguir uma solução política para a crise e explicou a evolução da situação na Síria após o acordo de cessar-fogo que entrou em vigor na sexta-feira passada e que está sendo infringido em algumas regiões.
A trégua está sendo aplicada a todos os grupos armados rebeldes, exceto aos considerados terroristas pelo governo em Damasco, como o Estado Islâmico (EI) e a Frente da Conquista do Levante, antiga filial da Al Qaeda.
O delegado permanente do Iraque, Habib al-Sadr, afirmou que "há um consenso em considerar terrorista a organização Estado Islâmico", mas Ramzi indicou que existem "diferentes pontos de vista" em relação à Frente da Conquista do Levante.