Farc: antes de deixar as armas, os guerrilheiros deviam reunir-se em 26 pontos do país antes do dia 1º de janeiro, mas a medida não pode ser cumprida (foto/Getty Images)
EFE
Publicado em 11 de janeiro de 2017 às 20h16.
A ONU espera que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) possam começar a deixar suas armas "nas próximas semanas" e que, apesar dos atrasos iniciais, o processo pode ser concluído no prazo previsto originalmente.
"Com determinação de todas as partes, não é impossível conseguir esse objetivo", disse ao Conselho de Segurança o enviado das Nações Unidas para a Colômbia, Jean Arnault.
O diplomata francês, que também dirige a missão da ONU no país, disse que é factível revisar os calendários e efetuar certos ajustes para cumprir o período de 180 dias estabelecido para o abandono das armas e a desmobilização da guerrilha.
Segundo os acordos de paz, antes de deixar as armas, os guerrilheiros deviam reunir-se em 26 pontos do país antes do dia 1º de janeiro, uma meta que não pôde ser cumprida por dificuldades logísticas.
De acordo com a ONU, como consequência também não será possível completar até o dia 30 de janeiro a destruição de munição instável, como estava previsto.
Apesar desses contratempos, o governo colombiano assegurou que ainda é possível cumprir o objetivo final de completar o abandono das armas no início de junho.
Arnault se mostrou hoje a favor dessa ideia e defendeu que uma perda de impulso do processo "não interessa a ninguém".
Segundo o responsável das Nações Unidas, os esforços devem concentrar-se agora na preparação dos acampamentos das Farc. EFE