Coreia do Norte: Conselho de Segurança da ONU impôs uma nova bateria de sanções econômicas (Kim Hong-Ji/Reuters)
EFE
Publicado em 17 de setembro de 2017 às 16h07.
Última atualização em 17 de setembro de 2017 às 16h18.
Washington - A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Nikki Haley, declarou neste domingo que o Conselho de Segurança da ONU não tem mais alternativas para conter o programa nuclear da Coreia do Norte e insinuou que, se o rumo da situação não mudar, o governo terá de encaminhar o assunto ao Pentágono.
"Esgotamos quase todas as coisas que podemos fazer no Conselho de Segurança neste momento. Queríamos ser responsáveis e passar por todos os meios diplomáticos para chamar a atenção (da Coreia do Norte) em primeiro lugar. Se não funciona, o general (James) Mattis se encarregará disso", disse Haley à emissora "CNN", em alusão a transferir o assunto para o secretário de Defesa.
Haley insistiu que o governo americano está "tentando qualquer outra possibilidade", mas reconheceu que "há muitas opções militares na mesa".
O Conselho de Segurança da ONU impôs uma nova bateria de sanções econômicas contra o governo de Pyongyang em resposta ao último teste nuclear do regime, no dia 3 de setembro.
No entanto, os 15 membros do Conselho se negaram a impor mais sanções há dois dias, após Kim Jong-un ordenar o lançamento de um novo míssil de médio alcance que sobrevoou o Japão.
O órgão de decisão das Nações Unidas condenou em comunicado o teste de sexta-feira, considerado "altamente provocador", e sublinhou que todos os países devem aplicar de forma "completa" e "imediata" as medidas contra Pyongyang aprovadas pela ONU. Até então, a cada resolução adotada pelo Conselho de Segurança seguiram novos testes norte-coreanos.
"Estamos em um círculo vicioso", lamentou o embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, segundo quem talvez tenha chegado o momento de buscar outros enfoques.
A Rússia, ao lado da China, defende uma proposta segundo a qual a Coreia do Norte interromperia os testes de mísseis enquanto EUA e Coréia do Sul suspenderiam as manobras militares, tudo com o objetivo de facilitar uma negociação.
No entanto, as partes se negaram a dar esse passo até agora e, no em vez disso, optaram por elevar o tom e utilizar um discurso de confrontação.
O general H.R. McMaster, assessor de Segurança Nacional do presidente dos EUA, Donald Trump, reconheceu também o país considera "a opção militar", embora prefira não ter de recorrer a ela. EFE