Ban Ki-moon: o secretário-geral da ONU manifestou esperança de que o acordo conduza "a esforços para acabar com o terrível sofrimento" da população síria (Khaled Desouki/AFP)
Da Redação
Publicado em 14 de setembro de 2013 às 14h58.
Lisboa – O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, e os governos de França, do Reino Unido e da Alemanha saudaram hoje (14) o acordo entre os Estados Unidos e a Rússia para eliminação das armas químicas sírias.
Ban Ki-moon manifestou esperança de que o acordo conduza "a esforços para acabar com o terrível sofrimento" da população síria e ajude a implementar uma solução política para a crise.
Também o chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, elogiou o acordo fechado pelo secretário de Estado americano, John Kerry, e pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Segei Laprov, em Genebra, na Suíça, classificando-o de "um passo importante".
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, William Hague, publicou no Twitter mensagem de apoio ao acordo. “Falei com o secretário de Estado John Kerry. O Reino Unidos saúda o acordo Estados Unidos-Rússia sobre armas químicas na Síria. Agora deve ter lugar o trabalho urgente na sua implementação”, escreveu Hague na rede social.
Da mesma forma, o governo alemão elogiou o acordo e manifestou confiança no surgimento de oportunidades para uma solução política do conflito. "Saúdo o acordo para o controle, sem demora, do arsenal químico da Síria", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Guido Westerwelle. "As palavras" devem agora ser seguidas por "atos", destaca comunicado do ministro.
O acordo fechado pelos Estados Unidos e a Rússia neste sábado para eliminação das armas químicas da Síria dá uma semana ao governo de Bashar Al Assad para apresentar a lista dessas armas além de prever a adoção de uma resolução da ONU que trata do uso da força.
Segundo a ONU, o conflito na Síria, onde a contestação popular ao regime degenerou em guerra civil, fez mais de 100 mil mortos desde 2011 e perto de dois milhões de refugiados, que têm sido acolhidos sobretudo na Jordânia, Turquia e Líbano.