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ONU e BM pedem mudança "radical" contra aquecimento global

Cientistas e políticos se reuniram para debater soluções práticas e aplicar uma "mudança radical e irreversível" na economia para conter o aquecimento global


	Aquecimento Global: "precisamos atuar agora. Precisamos acelerar a velocidade, o alcance e a escala de nossa resposta, local e globalmente", afirmou a ONU
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Aquecimento Global: "precisamos atuar agora. Precisamos acelerar a velocidade, o alcance e a escala de nossa resposta, local e globalmente", afirmou a ONU (Stock.Xchange)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2016 às 18h03.

Washington - Cientistas e políticos de todo mundo se reuniram nesta quinta-feira em Washington, nos Estados Unidos, para debater soluções práticas e aplicar uma "mudança radical e irreversível" na economia para conter o aquecimento global.

"Precisamos atuar agora. Precisamos acelerar a velocidade, o alcance e a escala de nossa resposta, local e globalmente", afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na abertura da reunião "Ação Climática 2016", que começou hoje e termina amanhã.

"Secas, tempestades e inundações estão custando vidas e produtividade de Fiji às Filipinas, da Tailândia ao Texas", acrescentou o diplomata sul-coreano.

Por sua vez, o presidente do Banco Mundial (BM), Jim Yong Kim, reiterou a urgência da mudança para indicar que o mundo não pode se permitir "perder o impulso". "A cada dia que passa, o desafio do clima cresce".

O dirigente da instituição financeira citou um recente estudo do BM, que afirma que milhões de pessoas em regiões como a África Subsaariana e o Oriente Médio terão que se adaptar a viver com menos água nos próximos anos. Especificamente, o relatório ressalta que o crescimento econômico pode reduzir em 6% de agora até 2050 nessas regiões pela escassez de água.

Nesse sentido, a ministra do Meio Ambiente da França, Ségolène Royal, também presente no evento, destacou que o Acordo de Paris deve estabelecer os fundamentos de um progresso "irreversível", marcado por um crescimento sustentável e respeitoso com o planeta.

O pacto, assinado em dezembro na capital francesa com o objetivo de mudar o modelo de desenvolvimento do planeta para ser livre de combustíveis fósseis, entrará em vigor quando pelo menos 55 países, que somem no total 55% das emissões globais, o tenham ratificado.

A meta é reduzir o aumento da temperatura em não mais que 2 graus Celsius em relação aos níveis da era pré-industrial.

No encontro, parte da ênfase se concentrou na contribuição das cidades e das entidades governamentais em nível local, que podem ser um catalisador essencial, especialmente no que se refere à questão do transporte. No comando da iniciativa está o chamado grupo C40, uma rede que reúne os principais centros urbanos mundiais que buscam coordenar esforços na luta contra o aquecimento global.

"Entendo as barreiras e, colaborando com os parceiros do setor privado, do governo e o setor enérgico, as cidades continuarão guiando o caminho na hora de enfrentar a mudança climática", disse o prefeito do Rio de Janeiro e presidente do C40, Eduardo Paes.

Durante os dois dias de seminários e conferências, discursarão o ex-prefeito de Nova York e promotor do grupo, Michael Bloomberg, e a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, entre outros.

Além disso, parte da agenda do evento está dedicada à importância de as grandes potências, como China e EUA, liderarem o esforço global através de seus exemplos.

O ex-vice-presidente dos EUA Al Gore será um dos participantes que exigirão aos países de maior economia do mundo que assumam sua responsabilidade no combate ao aquecimento global. 

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