O navio "Chong Chon Gang" retido no Panamá: o cargueiro atualmente é submetido a uma minuciosa revisão, que pode durar entre oito e dez dias, segundo as autoridades panamenhas. (REUTERS/Carlos Jasso)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2013 às 16h39.
Nações Unidas - A ONU advertiu nesta quarta-feira que caso se confirme que a embarcação norte-coreana retida no Panamá levava mísseis, estará configurada uma violação das resoluções internacionais e que dependerá do comitê de sanções se pronunciar a respeito.
O porta-voz Martin Nesirky afirmou que "o secretário-geral Ban Ki-moon está ciente do ocorrido e que todos os Estados-membros estão obrigados a cumprir as resoluções do Conselho de Segurança". Se finalmente for confirmado que a embarcação procedente de Cuba e retida no Panamá levava mísseis, se trataria de uma "violação" dessas resoluções.
Já o embaixador britânico, Mark Lyall Grant, disse hoje para a imprensa que, faltando uma investigação mais intensa sobre o ocorrido, tudo parece indicar que se trataria de uma violação do embargo de armas ao regime de Pyongyang.
O navio "Chong Chon Gang" permanece retido desde a segunda-feira em um porto de Colón, e o governo panamenho pediu que analistas de ONU, Estados Unidos e Reino Unido "avaliem a enorme quantidade de armamento" não declarado.
O governo de Cuba admitiu hoje que a embarcação norte-coreana transportava 240 toneladas métricas de armamento defensivo da ilha em estado obsoleto e para ser reparado e devolvido, além de 10.000 toneladas de açúcar.
Até o momento, as autoridades da Coreia do Norte não se pronunciaram sobre o caso, enquanto o governo dos Estados Unidos apoiou a decisão do Panamá de reter o navio e ofereceu sua cooperação no registro. Já o governo da Coreia do Sul cobrou hoje o Conselho de Segurança da ONU a intervir com rapidez caso que se confirme que o navio transportava mísseis para a Coreia do Norte.
O cargueiro atualmente é submetido a uma minuciosa revisão, que pode durar entre oito e dez dias, segundo as autoridades panamenhas.