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ONU diz que políticas migratórias de Trump podem violar normas

Governo do presidente americano, Donald Trump, estabeleceu novas diretrizes para reforçar o controle migratório com um agressivo plano

Donald Trump: plano do presidente inclui acelerar o processo de deportação de imigrantes ilegais e contratar 15 mil novos agentes (Brian Snyder/Reuters)

Donald Trump: plano do presidente inclui acelerar o processo de deportação de imigrantes ilegais e contratar 15 mil novos agentes (Brian Snyder/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 12h41.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 12h42.

Genebra - Algumas das ordens e memorandos sobre imigração apresentadas pelo governo de Donald Trump poderiam violar as normas sobre liberdades fundamentais dos Estados Unidos, segundo denunciou nesta sexta-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACDH).

"Estamos preocupados com a implementação das ordens e memorandos emitidos nesta semana, que poderiam infringir as obrigações internacionais sobre direitos humanos dos Estados Unidos", disse a porta-voz do Alto Comissariado, Ravina Shamdasani, em entrevista coletiva.

O governo do presidente americano, Donald Trump, estabeleceu na última terça-feira novas diretrizes para reforçar o controle migratório com um agressivo plano, que inclui acelerar o processo de deportação de imigrantes ilegais e contratar 15 mil novos agentes.

"Como disse em várias ocasiões o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein, existe uma tendência muito perigosa nos Estados Unidos e no mundo de usar os imigrantes como bodes expiatórios", afirmou a porta-voz, que ressaltou que "os imigrantes ilegais são detidos, deportados, criminalizados".

Ravina afirmou que, apesar de terem o direito legítimo de implementar políticas migratórias e controlar suas fronteiras, os países "devem que fazê-lo respeitando os direitos humanos dos imigrantes".

Nesse sentido, a porta-voz lembrou que os "imigrantes irregulares não deveriam ser detidos e seus direitos humanos deveriam ser protegidos", concluiu.

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