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ONU diz que política imigrante da UE é insensível e xenófoba

Segundo organização, grupo deveria abrir caminhos legais para autorizar a entrada de imigrantes e, ao mesmo tempo, reconhecer que precisa de seu trabalho


	Zeid Ra'ad Zeid Al-Hussein: "a Europa está virando as costas para alguns dos imigrantes mais vulneráveis no mundo"
 (Mike Coppola/Getty Images)

Zeid Ra'ad Zeid Al-Hussein: "a Europa está virando as costas para alguns dos imigrantes mais vulneráveis no mundo" (Mike Coppola/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2015 às 14h09.

Genebra - A União Europeia deveria buscar uma "abordagem mais sofisticada, mais corajosa e menos insensível" sobre imigrantes que muitas vezes morrem tentando chegar à Europa em barcos improvisados, disse o chefe de direitos humanos da ONU, Zeid Ra'ad Al Hussein, nesta segunda-feira.

"A Europa está virando as costas para alguns dos imigrantes mais vulneráveis no mundo e arrisca tornar o Mediterrâneo em um grande cemitério", disse Zeid em nota, um dia após até 900 pessoas possivelmente terem morrido em um naufrágio na costa da Líbia.

Zeid descreveu as políticas da UE como "reações políticas míopes e de curto prazo que servem aos movimentos populistas xenófobos que envenenaram a opinião pública".

A UE deveria abrir caminhos legais para autorizar a entrada de imigrantes e, ao mesmo tempo, reconhecer que precisa do trabalho de imigrantes pouco qualificados, que refugiados têm direito a buscar asilo e famílias merecem viver juntas, disse.

A falta de tais caminhos legais criaram o problema do contrabando de pessoas, o qual Zeid disse ser um sintoma, não uma causa, "desta situação deplorável".

"Vamos ser claros que os movimentos atuais no Mediterrâneo raramente são 'voluntários', no verdadeiro sentido do termo", disse Zeid. "São resultado de uma falha contínua de governança, acompanhada de falhas monumentais de compaixão".

A UE deveria trocar sua limitada política de controle de fronteiras "Operação Triton" por uma ação robusta de busca e salvamento, disse, adicionando que lamentava o encerramento do programa italiano de busca e resgate, "Mare Nostrum".

"Parar o resgate de imigrantes em perigo não levou a uma diminuição do fluxo migratório, nem a menos contrabando, mas apenas a mais mortes no mar, como mostra esta tragédia recente", acrescentou.

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