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ONU diz que outras 200 mil pessoas podem fugir de Mosul

Autoridades iraquianas e agências de assistência já estão tendo dificuldades para lidar com um aumento nos deslocamentos

Mosul: "À medida que as operações militares se intensificarem e chegarem mais perto da área da Cidade Velha de Mosul, acreditamos que até 200 mil pessoas a mais irão fugir" (Andres Martinez Casares/Reuters)

Mosul: "À medida que as operações militares se intensificarem e chegarem mais perto da área da Cidade Velha de Mosul, acreditamos que até 200 mil pessoas a mais irão fugir" (Andres Martinez Casares/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de maio de 2017 às 17h41.

Erbil/Bagdá - A Organização das Nações Unidas (ONU) disse nesta quinta-feira que até 200 mil pessoas a mais podem fugir de Mosul à medida que as forças do Iraque avançarem sobre os últimos bairros da cidade controlados por militantes do Estado Islâmico.

Autoridades iraquianas e agências de assistência já estão tendo dificuldades para lidar com um aumento nos deslocamentos desde que forças de segurança abriram uma nova frente de combate contra os militantes em Mosul no início deste mês.

Apoiadas por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos, as forças iraquianas expulsaram o Estado Islâmico de toda a localidade, com exceção de 12 quilômetros quadrados, e estão tentando impor uma vitória antes do mês sagrado do Ramadã, que começa daqui a menos de duas semanas.

Mas os militantes ainda controlam a Cidade Velha, onde devem tentar uma última reação nas ruas estreitas e densamente povoadas, que são inacessíveis aos veículos blindados.

Comandantes militares dizem que o objetivo é hastear a bandeira do Iraque sobre a mesquita de Al-Nuri, na Cidade Velha, de onde o líder do grupo extremista, Abu Bakr al-Baghdadi, proclamou um califado, para que a batalha possa ser considerada vencida mesmo que alguns bolsões de resistência permaneçam.

"À medida que as operações militares se intensificarem e chegarem mais perto da área da Cidade Velha de Mosul, acreditamos que até 200 mil pessoas a mais irão fugir", disse Lise Grande, coordenadora humanitária da ONU para o Iraque, em um comunicado, descrevendo as cifras como "alarmantes".

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