Mundo

ONU diz que Iraque e Irã apoiam diálogo na Síria

O mediador internacional Kofi Annan disse que ''a trágica situação na Síria, que afeta mulheres e crianças, deve terminar''

Annan afirmou que ''todos, tanto Irã como Maliki', concordam que a violência deve acabar e que ''a prioridade é que todas as partes possam dialogar'' (©AFP / Faisal al-Tamimi)

Annan afirmou que ''todos, tanto Irã como Maliki', concordam que a violência deve acabar e que ''a prioridade é que todas as partes possam dialogar'' (©AFP / Faisal al-Tamimi)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2012 às 21h31.

Bagdá- O mediador da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, disse nesta terça-feira em Bagdá que tanto Irã como Iraque compartilham a opinião de que a prioridade na Síria é o início do diálogo entre as partes envolvidas no conflito.

Em uma breve entrevista depois de se reunir com o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al Maliki, o emissário internacional destacou que Bagdá apoia o plano de paz.

Annan afirmou que ''todos, tanto Irã como Maliki'', concordam que a violência deve acabar e que ''a prioridade é que todas as partes possam dialogar sobre o futuro político da Síria''.

O mediador internacional disse também que ''a trágica situação na Síria, que afeta mulheres e crianças, deve terminar'', e assegurou que ''a continuação da violência levará a um endurecimento da postura dos países e a um prolongamento da crise''.

Além disso, Annan adiantou que apresentará em breve um relatório ao Conselho de Segurança da ONU sobre o resultado de suas reuniões com o presidente sírio, Bashar al Assad, em Damasco, e com os responsáveis iranianos e iraquianos.

Em suas conversas em Teerã e Bagdá, Annan analisou o impacto que o conflito pode ter no futuro dos países vizinhos da Síria. Os governantes do Iraque propuseram anteriormente um roteiro no qual se solicitaria ao governo e à oposição síria um cessar-fogo imediato como passo prévio antes de negociações diretas realizadas pela Liga Árabe e a ONU.

A proposta iraquiana também encoraja Damasco a instaurar liberdades públicas, formar partidos políticos e fixar uma data para a realização de eleições gerais com a observação da ONU.

No Irã, Annan se reuniu com o ministro das Relações Exteriores do país, Ali Akbar Salehi, que advertiu que uma decisão errada sobre o conflito na Síria pode causar ''uma catástrofe'' na região.

O conflito já causou, segundo a ONU, mais de 11 mil mortos e fez com que 100 mil pessoas se refugiassem em países vizinhos. Além disso, um milhão e meio de pessoas necessitam de assistência humanitária urgente na Síria.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaConselho de Segurança da ONUIrã - PaísIraqueONUSíria

Mais de Mundo

Netanyahu oferece quase R$ 30 milhões por cada refém libertado que permanece em Gaza

Trump escolhe Howard Lutnick como secretário de Comércio

Ocidente busca escalada, diz Lavrov após 1º ataque com mísseis dos EUA na Rússia

Biden se reúne com Lula e promete financiar expansão de fibra óptica no Brasil