Yazidis: muitos yazidis foram levados à Síria, cerca de 3200 mulheres e crianças ainda estão cativas, disse o relatório (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de junho de 2016 às 15h07.
Genebra - Um painel investigativo da Organização das Nações Unidas (ONU) acusou o grupo extremista Estado Islâmico de cometer genocídio, crimes contra a humanidade e outros crimes de guerra contra a minoria yazidi que vive na Síria e no Iraque.
A Comissão de Investigação na Síria publicou hoje seu primeiro relatório especificamente sobre os crimes do Estado Islâmico contra os yazidis, um problema revelado após os ataques a comunidades desarmadas da etnia no nordeste do Iraque, em agosto de 2014.
Muitos yazidis foram levados à Síria. Cerca de 3200 mulheres e crianças ainda estão cativas, disse o relatório.
O relatório de 41 páginas acusa o Estado Islâmico de estupro, escravidão sexual e outros crimes. O texto aponta que tais práticas fazem parte da estratégia do grupo para eliminar os yazidis, vistos como infieis.
"O Estado Islâmico comete genocídio, crimes de Guerra e crimes contra a humanidade contra homens, mulheres e crianças yazidis ", afirmou o presidente da comissão, Paulo Pinheiro, acrescentando que a prática ainda acontece neste exato momento.
A ONU estima que cerca de 5 mil homens da etnia foram mortos desde que o EI tomou controle do noroeste do Iraque, há cerca de dois anos, e que milhares de pessoas, a maioria mulheres e crianças, foram aprisionadas.
A maior parte da população yazidi, cerca de 400 mil pessoas, está em situação de refugiada.
Fonte: Associated Press
Texto atualizado às 15h07