Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, pediu para que governos não usem a força (Ernesto Benavides/AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2011 às 19h52.
Nova York- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, exigiu nesta quarta-feira ações internacionais contra os ataques a civis na Líbia, que já deixaram centenas de mortos.
Em advertência ao líder líbio, Muamar Kadhafi, Ban afirmou: "os responsáveis pelo brutal derramamento de sangue de inocentes devem ser punidos", acrescentando que a Líbia está agora em uma conjuntura perigosa.
A "situação atual é imprevisível e pode seguir por diversos caminhos, muitos deles perigosos", afirmou em uma coletiva de imprensa após uma reunião com seus assessores sobre a crise.
O secretário-geral da ONU disse que apoia a avaliação feita por conselheiros de que as mortes relatadas na repressão na Líbia violaram leis internacionais.
"Condeno firmemente e sem reservas a situação, os responsáveis devem ser levados aos tribunais", disse Ban.
Ban saudou as ações do Conselho de Direitos Humanos da ONU de criar "uma possível investigação internacional sobre os eventos na Líbia".
Ban fez um novo ataque pessoal a Kadhafi, com quem conversou por telefone durante 40 minutos na segunda-feira para pedir o fim da violência. Kadhafi, após a conversa, fez um discurso transmitido pela televisão no qual prometeu esmagar as manifestações.
"Após discussões longas e extensas, e depois de pedidos e apelos fortes, ele nada levou em consideração isso", disse Ban, qualificando as ações de Kadhafi de "totalmente inaceitáveis".
O Conselho de Segurança da ONU e a Liga Árabe condenaram a violência, e Ban disse que mais ações internacionais devem se seguir.