Chile: manifestantes protestam contra as medidas socioeconômicas do governo (Ivan Alvarado/Reuters)
EFE
Publicado em 29 de outubro de 2019 às 10h02.
Última atualização em 29 de outubro de 2019 às 10h03.
Genebra — O Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos comemorou nesta terça-feira a suspensão do estado de emergência no Chile e informou que adiou a chegada da missão que será enviada ao país para averiguar possíveis abusos após duas semanas de protestos.
"A equipe completa vai chegar nos próximos dias, em uma data ainda não especificada, mas será em breve", disse o porta-voz do escritório Rupert Colville em entrevista coletiva.
O assessor de imprensa acrescentou que o escritório da ONU comandado pela ex-presidente chilena Michelle Bachelet "está muito preocupado com a violência e os atos de destruição que ocorreram novamente no Chile ontem", em referência aos motins, barricadas e incêndios que ocorreram no primeiro dia sem soldados na rua.
Colville também destacou que "houve alguns mal-entendidos no Chile sobre a natureza da missão", no sentido de que não se trata de uma equipe de investigação de possíveis violações dos direitos humanos, mas sim de um tipo "técnico".
No entanto, no final, os peritos emitirão uma série de recomendações após uma reunião com funcionários do governo, representantes da sociedade civil, vítimas, instituições nacionais de direitos humanos e outros envolvidos.
O porta-voz acrescentou que eventualmente haverá quatro, e não três, especialistas da ONU viajando ao Chile como parte dessa missão, inicialmente prevista para durar até 22 de novembro.
Esta é a segunda missão desse tipo enviada pelo escritório de Bachelet relacionada à onda de protestos que eclodiu na América Latina no mês passado. Um grupo semelhante de três especialistas está atualmente no Equador.