O chanceler chinês, Yang Jiechi: ele reafirmou que as ilhas "formam parte integrante do território chinês desde a antiguidade" (Joerg Carstensen/AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2012 às 08h59.
Nova York - O ministro chinês das Relações Exteriores, Yang Jiechi, acusou nesta quinta-feira o Japão de roubar da China um arquipélago no Mar da China Oriental disputado pelos dois países, durante seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.
"A China exorta firmemente o Japão a cessar imediatamente todas as atividades que violam a soberania territorial chinesa, a adotar ações para corrigir seus erros e a voltar ao caminho para resolver a disputa mediante negociações", declarou Yang.
"O Japão roubou estas ilhas em 1895, ao final da guerra sino-japonesa, e forçou o governo chinês e firmar um tratado desigual para ceder estes territórios".
O chanceler reafirmou que as ilhas "formam parte integrante do território chinês desde a antiguidade".
"As ações tomadas pelo Japão são totalmente ilegais e inválidas. Não podem, de nenhuma maneira, mudar o fato histórico de que o Japão roubou as ilhas Diaoyu e que a China tem soberania territorial sobre elas", proclamou Yang.
As tensões entre Pequim e Tóquio cresceram após o Japão decidir nacionalizar as ilhas, chamadas de Senkaku pelos japoneses.
O primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, afirmou na quarta-feira nas Nações Unidas que "não há compromisso" possível com a China sobre a soberania das ilhas Senkaku.
O arquipélago, situado 200 km a nordeste de Taiwan e 400 km a oeste de Okinawa, no sul do Japão, é desabitado, mas fica em uma área rica em pesca e possivelmente sobre importantes recursos minerais.