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ONU: cessar-fogo na Síria não permitiu acesso a áreas assediadas

Segundo o coordenador humanitário da ONU, nem um só comboio terrestre pôde chegar às áreas assediadas ou de difícil acesso neste ano

Síria: dois primeiros meses de 2017 foram até agora uma "enorme decepção" (Khalil Ashawi/Reuters)

Síria: dois primeiros meses de 2017 foram até agora uma "enorme decepção" (Khalil Ashawi/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 11h58.

Genebra - O coordenador humanitário da ONU para a Síria, Jan Egeland, lamentou nesta quinta-feira que o cessar-fogo no país, em vigor desde o dia 30 de dezembro, não tenha facilitado o acesso humanitário, visto que nem um só comboio terrestre pôde chegar às áreas assediadas ou difíceis de se ter acesso neste ano.

"A cessação (do fogo) no final do ano passado não ajudou no acesso e na distribuição de ajuda humanitária", afirmou em entrevista coletiva Egeland, que disse que dezembro foi o pior mês neste sentido e também os dois primeiros de 2017 foram até agora uma "enorme decepção", apesar dos esforços para chegar às áreas assediadas.

"Os assédios não são compatíveis com as resoluções do Conselho de Segurança nem com os esforços do Grupo Internacional de Apoio à Síria", afirmou.

"O assédio não é só cercar os oponentes, uma coisa legal, mas também representa estrangular a população civil por negar a ela ajuda humanitária e a liberdade de movimento, incluindo para a assistência médica, algo proibido pela lei humanitária internacional porque constituem crimes de guerra", destacou.

Egeland qualificou de "vergonha" que o grupo de trabalho sobre o acesso humanitário na Síria, criado há m ano, não tenha conseguido "suspender nem um só cerco através de negociações em 2016", mas garantiu que as partes estão "comprometidas" a conseguir isso este ano.

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