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ONU busca alternativas para punir regime sírio por armas químicas

Rússia e China exerceram na terça-feira seu direito de veto para impedir a aprovação de uma série de sanções contra o regime de Bashar al Assad

Bashar al-Assad: "Não estamos preparados para nos render. É um tema importante, é um tema moral e é um tema legal evitar que um país que use armas químicas saia impune", disse diplomata (AFP/AFP)

Bashar al-Assad: "Não estamos preparados para nos render. É um tema importante, é um tema moral e é um tema legal evitar que um país que use armas químicas saia impune", disse diplomata (AFP/AFP)

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EFE

Publicado em 1 de março de 2017 às 22h01.

Nações Unidas - A ONU está explorando "caminhos alternativos" que permitam punir o regime de Bashar al Assad pelo uso de armas químicas na guerra da Síria, após o veto de Rússia e China impedir a aprovação de sanções contra o governo de Damasco.

Assim confirmou nesta quarta-feira o embaixador do Reino Unido perante a ONU, Matthew Rycroft, cujo país preside este mês o Conselho de Segurança, em entrevista sobre o programa mensal desse órgão das Nações Unidas.

Rússia e China exerceram na terça-feira seu direito de veto para impedir a aprovação de uma série de sanções contra o regime de Bashar al Assad pelo uso de armas químicas em pelo menos três ocasiões, conforme foi comprovado por um grupo de especialistas da ONU.

"Não estamos preparados para nos render. É um tema importante, é um tema moral e é um tema legal evitar que um país que use armas químicas saia impune", acrescentou o diplomata.

As sanções foram apoiadas por nove dos 15 membros do Conselho de Segurança, suficientes para que a resolução fosse aprovada, o que não aconteceu porque dois dos três países que têm direito a veto votaram contra.

"Vamos buscar alternativas", disse Rycroft, que acrescentou que as opções já estão sendo analisadas, embora não tenha dado detalhes.

Entre os caminhos estudados está o papel da Assembleia Geral da ONU, embora suas decisões não sejam vinculativas para os países-membros das Nações Unidas.

A Assembleia Geral aprovou em 21 de dezembro do ano passado a criação de uma comissão encarregada de apoiar a investigação dos crimes mais graves cometidos na Síria, e abriu a possibilidade de ser criado um "mecanismo internacional, imparcial e independente".

Alguns países vieram insistindo na ONU que algumas das ações registradas no conflito armado da Síria, que explodiu em 2011, podem ser consideradas como crimes de guerra e poderiam ser levados ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

No entanto, a Síria não é membro do TPI, e este tribunal só poderia se ocupar da situação nesse país após a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, possibilidade que poderia eventualmente ser vetada pelo menos pela Rússia.

De acordo com o programa anunciado nesta quarta, a situação na Síria será analisada em três ocasiões este mês para estudar a vertente política, a humanitária e o tema das armas químicas.

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