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ONU alerta sobre 200 mil refugiados internos na Síria

Segundo a organização, 30 mil sírios buscaram refúgio em países vizinhos

A maioria se dirigiu à Turquia, onde cerca de 13 mil sírios permanecem há quase um ano em sete acampamentos (Mustafa Ozer/AFP)

A maioria se dirigiu à Turquia, onde cerca de 13 mil sírios permanecem há quase um ano em sete acampamentos (Mustafa Ozer/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2012 às 09h09.

Genebra - O número de refugiados internos na Síria já chega a 200 mil devido à crise político-social que atinge o país, informou nesta terça-feira a ONU, baseando-se em números divulgados pela divisão local da ONG Crescente Vermelho.

O novo coordenador da ONU para os refugiados sírios, Panos Moumtzis, disse que o número de refugiados internos pode ser inclusive mais elevado.

O número divulgado por Moumtzis representa quase o triplo dos 70 mil comunicados nesta segunda-feira pela comissão que investiga por encomenda da ONU as violações de direitos humanos na Síria.

Moumtzis afirmou que não podia oferecer detalhes das províncias mais afetadas pelos deslocamentos forçados, já que se trata de um número fornecido pelo Crescente Vermelho da Síria.

Ele indicou ainda que 30 mil sírios buscaram refúgio em países vizinhos. A maioria se dirigiu à Turquia, onde cerca de 13 mil sírios permanecem há quase um ano em sete acampamentos, enquanto o Líbano acolhe mais de 10 mil refugiados e a Jordânia, outros 7 mil. A Turquia chegou a receber 23 mil sírios, mas se estima que cerca de 10 mil retornaram a seu país.

Nomeado coordenador para a Síria pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), Moumtzis reconheceu que não é a comunidade internacional que está registrando a maioria de refugiados sírios, mas os países de amparo e, mais especificamente, as comunidades que os acolhem.

Segundo ele, a Turquia está 'proporcionando a maior parte de ajuda' a esses refugiados, inclusive atendimento médico gratuito, enquanto, no caso do Líbano, o tratamento médico é financiado pelo Acnur, com exceção dos casos mais graves, que são transferidos a hospitais, onde todas as despesas são cobertas pelo governo.

O representante da ONU elogiou os governos turco, libanês e jordaniano por manter sua política de 'fronteiras abertas' com a Síria. 

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