Soldados patrulham uma rua de Bangui, na República Centro-Africana: ONU considerou que "é possível um aumento do deslocamento" (Sia Kambou/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2013 às 12h53.
Genebra - Uma nova onda de deslocamentos é cada vez mais provável na República Centro-Africana, onde estão ocorrendo os enfrentamentos armados mais graves em oito meses entre partidários e opositores do presidente, Michel Djotodia, assim como atos de revanche e ataques sectários, segundo a ONU.
Embora seja "muito cedo" para oferecer uma avaliação da situação, o Escritório de Assuntos Humanitários das Nações Unidas considerou que "é possível um aumento do deslocamento".
Antes deste novo pico de violência, que levou o Conselho de Segurança da ONU a autorizar uma intervenção militar internacional no país, liderada pela França e vários países africanos, metade da população centro-africana (2,3 milhões de pessoas) já precisava de ajuda humanitária e 415 mil tinham se deslocado de seus lares.
Além disso, esta crise provocou a fuga de 68 mil pessoas para outros países da região em um ano.
Por sua parte, o escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos expressou sua preocupação pela situação na capital da República Centro-Africana, Bangui, e a cidade de Bossangoa (350 quilômetros ao norte), onde ontem se informou da morte de mais de uma centena de pessoas, entra elas sete crianças.