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ONU alerta para apelo e variedade de drogas sintéticas

Número de novas substâncias psicoativas relatadas saltou mais de 50% em menos de três anos, chegando a 251 substâncias


	Pílulas de ecstasy: "vendidas abertamente, inclusive via Internet, as NSP, que não tiveram sua segurança testada, podem ser bem mais perigosas que as drogas tradicionais", diz entidade 
 (Joseph Eid/AFP)

Pílulas de ecstasy: "vendidas abertamente, inclusive via Internet, as NSP, que não tiveram sua segurança testada, podem ser bem mais perigosas que as drogas tradicionais", diz entidade  (Joseph Eid/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2013 às 11h38.

Viena - O forte aumento na variedade de drogas sintéticas legais, com nomes que levam os jovens a considerá-las inofensivas, é um fato alarmante do ponto de vista da saúde pública, disse a agência antidrogas da ONU nesta quarta-feira.

O número de novas substâncias psicoativas, comercializadas como "drogas de design" ou "baratos legais", relatadas por Estados membros saltou mais de 50 por cento em menos de três anos, chegando a 251 substâncias em meados de 2012, segundo o Escritório da ONU para Drogas e Crimes (UNODC, na sigla em inglês).

"Esse é um alarmante problema das drogas - mas as drogas são legais", disse a entidade. "Vendidas abertamente, inclusive via Internet, as NSP (novas substâncias psicoativas), que não tiveram sua segurança testada, podem ser bem mais perigosas que as drogas tradicionais." Os nomes incluem "tempero", "miau-miau" e "sais de banho", levando os jovens a pensarem que se trata de uma diversão com poucos riscos, segundo o UNODC.

Mas "os efeitos adversos e potenciais de dependência da maioria dessas substâncias não controladas são, na melhor das hipóteses, mal compreendidas", disse a agência em uma pesquisa anual.

Nos EUA, essas substâncias parecem ter o dobro da difusão do que na União Europeia, onde a maioria dos usuários se concentra no Reino Unido, Polônia e França, segundo a pesquisa.

As NSPs podem ser produzidas com ligeiras modificações na estrutura molecular de drogas controladas, criando uma droga nova, com efeitos semelhantes, mas que burla proibições nacionais e internacionais.

Elas "estão se proliferando em um ritmo sem precedentes e constituindo desafios de saúde pública imprevistos", disse o relatório, que examina tendências da produção, tráfico e consumo. "O sistema internacional do controle de drogas está patinando, pela primeira vez, sob a velocidade e criatividade do fenômeno." Em termos gerais, no entanto, o consumo global de drogas se manteve estável, segundo o relatório, referindo-se ao número de usuários com dependência ou distúrbios associados ao uso. Em 2011, o número de mortes associadas às drogas foi estimado em 211 mil.

"Enquanto o uso de drogas tradicionais, como heroína e cocaína, parece estar declinando em algumas partes do mundo, o abuso de drogas vendidas sob prescrição e o abuso de novas substâncias psicoativas está crescendo."

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