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ONU afirma que negociações sobre a Líbia devem seguir

Desde o ano passado, duas autoridades políticas disputam o poder na Líbia, uma da coalizão de milícias e outra reconhecida pela comunidade internacional


	Prostesto na Líbia contra a indicação de governo pela ONU: "O processo prosseguirá. A solução política é a única alternativa", disse León em uma entrevista coletiva
 (Reuters / Esam Omran Al-Fetori)

Prostesto na Líbia contra a indicação de governo pela ONU: "O processo prosseguirá. A solução política é a única alternativa", disse León em uma entrevista coletiva (Reuters / Esam Omran Al-Fetori)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2015 às 13h25.

O emissário das Nações Unidas para a Líbia, Bernardino León, afirmou nesta quarta-feira que o processo de negociações prosseguirá, apesar da recusa do plano de paz da ONU por várias partes líbias, já que não há alternativa para aquele país, mergulhado no caos.

"O processo prosseguirá. A solução política é a única alternativa", disse León em uma entrevista coletiva na sede da missão da ONU em Tunes.

Também anunciou que serão feitas novas reuniões nos próximos dias, sem dar mais detalhes.

Desde o ano passado, duas autoridades políticas disputam o poder na Líbia, uma em Trípoli, em mãos da coalizão de milícias, e outra em Tobruk (leste), reconhecida pela comunidade internacional.

Após meses de negociações com representantes desses dois poderes e outras partes, Bernardino León anunciou no começo do mês um acordo sobre um governo de união nacional, com o objetivo de tirar o país do caos.

No entanto, uma maioria de deputados do Parlamento líbio reconhecido pela comunidade internacional recusou na segunda-feira o plano de paz.

Desde a queda do regime de Kadafi, em 2011, proporcionada por uma operação militar na qual participaram países como França, Estados Unidos e Grã-Bretanha, a Líbia segue nesta desorganização política.

O país, de estrutura essencialmente tribal, sofre com a atuação de milícias armadas formadas antigos rebeldes. Há combates em várias regiões e dois governos competem pelo poder apesar dos esforços da ONU para instaurar um governo de união nacional.

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