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ONU: 3/4 da população mundial de peixes está em perigo

Conferência em NY reúne países para revisar acordo de conservação e utilização sustentável de espécies marinhas

O atum-azul, utilizado no sushi: uma das espécies ameaçadas de extinção pela pesca predatória (.)

O atum-azul, utilizado no sushi: uma das espécies ameaçadas de extinção pela pesca predatória (.)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

São Paulo - Uma conferência de cinco dias na sede da ONU em Nova York deve discutir a revisão da implementação de um acordo de 1995 que estabeleceu um regime jurídico para a conservação a longo prazo e utilização sustentável de espécies migratórias de peixes.

O encontro teve início ontem com um alerta da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação: pelo menos 3/4 da população mundial de peixes está em perigo e próxima ao esgotamento enquanto os ecossistemas marinhos continuam em deterioração.  

Entre as espécies ameaçadas pela pesca predatória está o atum azul, um dos ingredientes principais do sushi. Encontrado nos oceanos Atlântico e Mediterrâneo, ele é apontado como uma das dez espécies com maior risco de extinção, de acordo com a World Wildlife Foundation (WWF). Uma proibição temporária da pesca desta espécie de atum, segundo cientistas, ajudaria a população dos peixes a voltar a um equilíbrio.

Segundo o subsecretário adjunto de Oceanos e Pescas dos Estados Unidos, David Balton, presidente da conferência, os principais temas do evento serão a pesca excessiva, os efeitos sobre o ambiente marinho e a necessidade de assistência aos países em desenvolvimento. As informações são da Rádio ONU.

As nações também terão oportunidade para considerar novas medidas para reforçar o acordo sobre o tema. O documento, que entrou em vigor em 2001 e tem 77 Estados partes, abrange espécies migratórias que se deslocam por longas distâncias, como atuns e tubarões oceânicos.

O acordo inclui ainda espécies de peixes dentro da zona econômica de Estados costeiros, como bacalhau e lulas.A conferência é aberta a todos os países e deve rever progressos sobre o tema desde 2006, ano da última revisão.

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