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ONG francesa pede "asilo político" para patos na Califórnia

O estado dos EUA proibiu a venda de foie gras

Patos: A ONG, que foi impedida de entrar na embaixada e de se reunir com o embaixador, calcula que na França sejam sacrificados, a cada ano, 70 milhões de patos (Jim/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Patos: A ONG, que foi impedida de entrar na embaixada e de se reunir com o embaixador, calcula que na França sejam sacrificados, a cada ano, 70 milhões de patos (Jim/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2012 às 14h17.

Paris - Uma associação francesa de defesa dos direitos dos animais solicitou nesta quinta-feira à embaixada americana em Paris "asilo político" para os patos do país, depois que o estado da Califórnia proibiu a venda do foie gras.

A manifestação impulsionada pela ONG L214 reuniu dez pessoas, uma delas fantasiada de pato, para parabenizar o estado pelo veto, que entrou em vigor em 1º de julho, aplicação prática de uma lei aprovada em 2004.

"Não é o primeiro país que aprova essa lei, mas não é sempre que se pode elogiar um país por um avanço", disse à Agência Efe Brigitte Gothière, uma das porta-vozes da organização, justificando o ato.

A ONG, que foi impedida de entrar na embaixada e de se reunir com o embaixador, calcula que na França sejam sacrificados, a cada ano, 70 milhões de patos para a fabricação da famosa iguaria, dos quais 36 milhões são fêmeas, que acabam sendo "descartadas" porque seu fígado é menos apto.

As autoridades francesas, por outro lado, rejeitaram a proibição californiana, e a ONG L214 respondeu recomendando que busquem alternativas para o "gavage", termo usado para denominar a engorda muito intensificada das aves por dia, considerado um mau-trato ao animal.

Em 4 de julho, o secretário de Estado de Agroalimentação francês, Guillaume Garot, manifestou interesse em se reunir em breve com o embaixador americano em Paris, para analisar o veto ao foie gras, "um produto de grande importância para as exportações agrícolas".

Nos últimos dias, Garot se encontrou com os produtores, parlamentares e presidentes dos departamentos afetados pela proibição, para determinar estratégias que incluem o incentivo às exportações e o "restabelecimento da verdade sobre os benefícios" do produto. 

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