Peta: "As peles desses crocodilos eram usadas para fazer bolsas de couro de luxo, pastas e outros artigos vendidos ao redor do mundo" (Greg Wood/AFP)
EFE
Publicado em 22 de dezembro de 2016 às 17h47.
Miami - A organização americana pelos direitos dos animais Peta (People for the Ethical Treatment of Animals) denunciou nesta quinta-feira que milhares de crocodilos foram cruelmente mortos em fazendas do Vietnã que fornecem peles à matriz da Louis Vuitton, a LVMH.
"As peles desses crocodilos eram usadas para fazer bolsas de couro de luxo, pastas e outros artigos vendidos ao redor do mundo", disse Danielle Katz, uma das diretoras da Peta, em comunicado.
Um vídeo chocante publicado no site da entidade mostra trabalhadores de um desses criadouros abrindo a cabeça dos animais ainda vivos.
Depois, eles são mortos com uma vara de metal introduzida pelo orifício e atravessa o corpo através da espinha dorsal.
O filme de pouco mais de três minutos do "custo oculto" da moda também incluiu declarações anônimas de um funcionário da fazenda que disse que "às vezes" eles esfolam os crocodilos ainda vivos e que a agonia até morrer pode levar até cinco horas.
A organização afirmou que um especialista em répteis foi à fazenda e afirmou que os animais ficam confinados por 15 meses em tanques minúsculos e em péssimas condições para um crocodilo de grande porte.
A Peta destacou que este "exótico mercado de peles" do Vietnã exporta, aproximadamente, 30 mil couros de crocodilo por ano que, segundo eles, vão parar em fábricas da Louis Vuitton e de "outras marcas".
O grupo ainda lembrou que já fez outras denúncias semelhantes em três continentes e que o sistema é "sempre o mesmo".