Segundo a FIDH, militares abandonaram Gadafi (Mark Renders/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de fevereiro de 2011 às 14h16.
Paris - A Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH) declarou nesta segunda-feira que os manifestantes estão com o controle de várias cidades da Líbia, como Benghazi e Sirte, e elevou até cerca de 400 o número de pessoas mortas na repressão dos protestos.
A presidente da FIDH, Souhair Belhassen, declarou nesta segunda-feira à Agência Efe que o general Al-Arbi, que controla a região da fronteira com o Egito, se uniu aos manifestantes e que a região de Benghazi, no nordeste do país, já não está sob o controle de Trípoli.
A cidade de Sirte, no litoral líbio, se encontra na mesma situação, segundo a FIDH, que obteve essa informação através de sua "rede" de ativistas de direitos humanos no país e de "importantes personalidades políticas e militares", explicou a diretora.
Segundo essa organização, em Trípoli há uma "resistência que se desenvolve" contra o regime de Muammar Gadafi, que adotou "a estratégia do caos", disse Souhair.
A FIDH, com sede em Paris, classificou como "inadmissível e chocante" o silêncio da comunidade internacional e pediu uma reunião de urgência do Conselho de Direitos Humanos da ONU, além da expulsão da Líbia desse fórum.
A organização de defesa dos direitos humanos destacou a situação dos imigrantes na Líbia, que somam cerca de 1,3 milhão de pessoas e em sua maioria vêm de países da África Subsaaariana e que poderiam ser vítimas de "vinganças".