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OMS confirma detecção do vírus da poliomielite no sul e no centro de Gaza

Amostras foram encontradas no último mês nas cidades de Khan Younis e Deir al Balah

Palestinos verificam os danos em uma casa atingida por bombardeios israelenses em Zawayda, na região central da Faixa de Gaza, em 7 de julho de 2024. Israel realizou ataques aéreos mortais na Faixa de Gaza em 7 de julho, enquanto a guerra entre Israel e o movimento Hamas entrou em seu décimo mês, com combates intensos em todo o território palestino e novos esforços diplomáticos em andamento para conter a violência. (Foto de Eyad BABA / AFP) (Eyad Baba/AFP)

Palestinos verificam os danos em uma casa atingida por bombardeios israelenses em Zawayda, na região central da Faixa de Gaza, em 7 de julho de 2024. Israel realizou ataques aéreos mortais na Faixa de Gaza em 7 de julho, enquanto a guerra entre Israel e o movimento Hamas entrou em seu décimo mês, com combates intensos em todo o território palestino e novos esforços diplomáticos em andamento para conter a violência. (Foto de Eyad BABA / AFP) (Eyad Baba/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 19 de julho de 2024 às 11h12.

Última atualização em 19 de julho de 2024 às 11h16.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou nesta sexta-feira, 19, a detecção do poliovírus tipo 2 derivado de vacina circulante (VDPV2) em amostras ambientais coletadas no último mês de junho nas cidades de Khan Younis e Deir al Balah, no sul e no centro da Faixa de Gaza.

“Em 16 de julho, a Rede Mundial de Laboratórios de Poliomielite isolou o poliovírus de origem vacinal tipo 2 em seis amostras de vigilância ambiental coletadas em 23 de junho”, disse o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, à imprensa credenciada na ONU em Genebra.

Lindmeier explicou que, até o momento, o vírus apenas foi isolado do ambiente e não foram detectados casos de paralisia em humanos, um dos sintomas mais graves desta doença que ataca principalmente os nervos da medula espinhal.

Antes do início da ofensiva militar israelense, em 2022, a cobertura de vacinação sistemática contra a poliomielite (POL3) em Gaza era de 95% ou superior.

No entanto, o porta-voz alertou que a situação atual na Faixa, com apenas 16 dos 36 hospitais funcionando parcialmente e 45 dos 105 centros de cuidados primários operacionais, cria o "ambiente perfeito" para a propagação de doenças como a poliomielite.

“A deterioração do sistema de saúde, a falta de segurança e acesso, os constantes deslocamentos populacionais, a escassez de suprimentos médicos, a má qualidade da água e a debilitação do saneamento estão diminuindo as taxas de imunização sistemática e aumentando o risco de doenças evitáveis ​​pela vacinação, incluindo a poliomielite”, advertiu.

Nesta situação, a OMS está realizando uma avaliação de risco para decidir a extensão da propagação do poliovírus e implementar respostas para a impedi-la, se necessário, com, por exemplo, campanhas de vacinação imediatas.

Para tanto, instou as partes interessadas a garantir que todas as crianças sejam vacinadas contra a poliomielite e ressaltou que um cessar-fogo é “essencial” para permitir a rápida expansão das atividades de imunização.

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