Escola em Sobral, no Ceará, município elogiado por bons resultados na educação: Fundeb deve melhorar valorização dos professores no Brasil (Alexandre Battibugli/Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de setembro de 2020 às 14h17.
Última atualização em 15 de setembro de 2020 às 14h47.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) realiza entrevista coletiva nesta terça-feira, 15, com foco na questão das crianças e adolescentes fora da escola por causa da pandemia de covid-19. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, lembrou que a entidade, a Unesco e o Unicef publicaram na segunda-feira diretrizes de medidas de saúde para se buscar uma reabertura segura dessas instituições.
Tedros afirmou que os dados disponíveis mostram que menos de 10% dos casos reportados e menos de 0,2% das mortes são de pessoas com menos de 20 anos, mas também lembrou que há feitos potenciais de longo prazo ainda desconhecidos nas pessoas infectadas.
Segundo ele, é importante haver mais pesquisa sobre os fatores que aumentam o risco de casos graves e mortes entre crianças e jovens.
O diretor-geral lembrou que as crianças têm sofrido de outras formas, como em sua alimentação, a perda do aprendizado e riscos como maior exposição ao trabalho infantil e à violência doméstica.
Ele pediu que seja garantido o ensino à distância, durante o fechamento das escolas, e também que o tempo de fechamento desses locais seja usado para colocar em vigor medidas para evitar e responder a transmissões na reabertura.
A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, citou na coletiva o risco de que 11 milhões de garotas não voltem à escola pelo mundo, no contexto atual. A diretora-geral da Unicef, Henrietta Fore, mencionou as dificuldades pelo mundo para o ensino remoto e lembrou que muito tempo fora da escola pode resultar em "impacto grave" para as crianças.
Fore citou uma projeção segundo a qual mais de 20 milhões de crianças pelo mundo devem abandonar a escola por causa da pandemia e seus impactos, sociais e econômicos.