Três pessoas se abraçam perto da casa de shows Bataclan em Paris (Christian Hartmann/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2015 às 08h15.
Paris – Oito terroristas foram mortos na noite desta sexta-feira na onda de atentados em Paris, incluindo sete que detonaram cinturões com explosivos, informou à AFP um oficial ligado à investigação.
Quatro agressores morreram na casa de shows Bataclan, sendo três que acionaram cinturões com explosivos e um abatido pela polícia antes de acionar seu cinturão. Outros três suicidas explodiram nos arredores do Stade de France e um quarto morreu no Boulevard Voltaire, próximo ao Bataclan, revelou o oficial.
Segundo o promotor de Paris, François Molins, os ataques envolveram seis locais: o Stade de France, o Boulevard de Charone, o Boulevard Voltaire, a rua Alibert, e a rua La Fontaine deu Roi.
Molins destacou que há uma investigação em curso para apurar se há "cúmplices ou coautores" ainda em liberdade.
O comissário Michel Cadot revelou que o assalto policial ao Bataclan "foi muito difícil: os terroristas se trancaram no andar de cima e detonaram seus cinturões de explosivos".
"Três deles detonaram seus cinturões com explosivos e outro, que também carregava um cinturão, foi abatido pela polícia antes de acioná-lo", revelou outra fonte ligada a investigação.
Antes da ação policial, os terroristas atiravam de maneira indiscriminada. "Tinham fuzis grandes, suponho que eram Kalashnikovs, faziam um barulho enorme, atiravam sem parar", contou Pierre Janaszak, animador de rádio e televisão que estava no Bataclan.
Os agressores "não estavam encapuzados, me parece que tinham muita munição. E aconteceu uma explosão muito mais forte, não sei bem o que aconteceu".
"Depois ouvimos os disparos, quando a polícia entrou. Ouvimos tiros por todos os lados e aconteceram outras explosões", acrescentou.
No ataque ao Bataclan, que deixou mais de 100 mortos, os terroristas invocaram a intervenção militar francesa na Síria para justificar sua ação, relatou uma testemunha à AFP.
"Eu ouvi claramente eles dizendo aos reféns que 'a culpa era do Hollande, a culpa era do nosso presidente, que não deveria intervir na Síria'. Falaram também do Iraque", declarou Janaszak.