A OGX registrou produção média de 15,1 mil barris de óleo equivalente por dia em março - volume 10,1% menor que os 16,8 mil barris produzidos no mês anterior (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2013 às 16h18.
Rio de Janeiro - O professor de geologia Carlos Jorge Abreu, da Universidade de Brasília (UnB), avalia que a queda de produção de petróleo da OGX, a petroleira de Eike Batista, pode ser consequência de uma estimativa inicial equivocada das reservas do campo de Tubarão Azul, explorado pela companhia na Bacia de Campos (litoral norte do Estado do Rio e sul do Espírito Santo).
"É provável que tenha havido uma superavaliação. Podem ter tentado supervalorizar a reserva. A Petrobras já fez a mesma coisa. Agora, a presidente Graça Foster (no cargo desde fevereiro do ano passado) parece que está botando nos trilhos. Tem muito marketing nisso. A geologia não é assim não, não é tão exata", afirmou o geólogo.
Mesmo com as incertezas da atividade, o especialista disse ser surpreendente uma queda produtiva tão expressiva. "Qualquer companhia só põe para produzir quando tem certeza que o campo é comercial. Com os estudos anteriores, muito meticulosos, a incerteza diminui. O jogo não é para perder. Acontece de haver uma produção menor, mas não tão menor assim", opinou.
A OGX registrou produção média de 15,1 mil barris de óleo equivalente por dia em março - volume 10,1% menor que os 16,8 mil barris produzidos no mês anterior. A queda na produção offshore foi de 26,5%. A companhia credita o decréscimo a problemas operacionais e técnicos em equipamentos.