Soldado afegão em Ghazni, Afeganistão, local de uma intensa ofensiva do Talibã (Mohammed Ismail/Reuters)
EFE
Publicado em 13 de agosto de 2018 às 12h00.
Cabul, 13 ago (EFE).- O governo do Afeganistão confirmou nesta segunda-feira a morte de 325 pessoas, entre elas 195 insurgentes, 100 membros das forças de segurança e 30 civis, durante os quatro dias de combates da ofensiva dos talibãs pelo controle da cidade de Ghazni, no leste do país.
Entre os membros das forças de segurança que morreram há pelo menos 70 policiais, detalharam os ministros da Defesa, o general Tariq Shah Bahrami, e do Interior, Wais Ahmad Barmak, em entrevista coletiva conjunta em Cabul.
"Só hoje, em nove bombardeios aéreos morreram 95" talibãs, acrescentou Bahrami, que apontou que entre os 195 insurgentes abatidos há pelo menos 12 comandantes e que outros 147 combatentes talibãs ficaram feridos.
O ministro da Defesa esclareceu que o número de vítimas desde o início dos confrontos na sexta-feira é preliminar.
A situação de segurança "mudará significativamente" nas próximas 24 horas, ressaltou Bahrami, que revelou que as forças de segurança em Ghazni receberam em duas fases mil tropas de reforço.
"As forças de segurança se encontram agora nos quatro pontos da cidade, que está totalmente sob o controle das tropas", disse, por sua vez, o ministro do Interior.
Segundo Barmak, desde a manhã de hoje as tropas afegãs obrigaram os talibãs a recuarem das áreas da prisão e do quartel-general da polícia, entre outras regiões.
Além disso, o ministro detalhou que o avanço das forças de segurança está sendo lento porque os insurgentes se esconderam em áreas habitadas por civis, aos quais usam como escudos humanos.
O corte quase total das comunicações dentro da cidade torna muito complicado saber em primeira mão qual é a situação.
Esta ofensiva é a pior em uma capital provincial desde a de maio deste ano, quando os talibãs conseguiram ocupar durante um curto período de tempo a cidade de Farah.
Em 2015, os insurgentes tomaram durante vários dias a cidade de Kunduz, em sua maior conquista militar desde a invasão americana em 2001, e no ano seguinte estiveram perto de conseguir seu objetivo de novo.