Mosul: "As casas estão sendo destruídas. Colégios e centros de saúde estão danificados e a infraestrutura pública essencial está em ruínas" (Marko Djurica/Reuters)
EFE
Publicado em 13 de abril de 2017 às 17h08.
Bagdá - Mais de 1.140 moradias foram destruídas na cidade iraquiana de Mosul, onde ocorre uma ampla ofensiva desde outubro para expulsar o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), conforme anunciou nesta quinta-feira o Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários (OCHA).
O organismo explicou em comunicado que, segundo dados obtidos após o estudo de imagens por satélite, a parte ocidental de Mosul - onde se desenvolvem os combates atualmente - apresenta um maior grau de destruição que a parte oriental.
"A destruição de moradias é 2,5 vezes maior no oeste de Mosul do que nos bairros do leste", destacou a nota. Além disso, o bairro residencial mais danificado é o de Mosul al Yadida (Nova Mosul), no oeste da cidade.
A coordenadora de ajuda humanitária das Nações Unidas no Iraque, Lise Grande, alertou sobre a grande destruição no oeste, "inclusive antes do início da batalha para retomar a parte antiga" de Mosul, que se caracteriza por uma elevada densidade de população e construções.
"As casas estão sendo destruídas. Colégios e centros de saúde estão danificados e a infraestrutura pública essencial está em ruínas, inclusive as usinas de água e eletricidade", destacou Grande na nota.
A ofensiva sobre a parte oeste de Mosul, que é dividida em duas pela passagem do rio Tigre, começou em fevereiro deste ano e está sendo mais violenta do que na metade leste, recuperada pelas tropas iraquianas em janeiro, após três meses de combates.