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Ofensiva já deixou mais de 100 mil deslocados em Gaza

Comunicado informou que já são 69 os albergues-escola que agência para refugiados precisou preparar para abrigar todos os que tiveram que abandonar sua casa


	Abrigo improvisado: número de pessoas que buscam asilo já é o dobro do que em 2009
 (Marco Longari/AFP)

Abrigo improvisado: número de pessoas que buscam asilo já é o dobro do que em 2009 (Marco Longari/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2014 às 21h15.

Faixa de Gaza - O número oficial registrado de deslocados internos pelos bombardeios israelenses em Gaza superou nesta segunda-feira as 100 mil pessoas, o dobro que o esperado pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) em seu plano de contingência.

Em comunicado, Chris Gunness, porta-voz do organismo na região, informou, além disso, que já são 69 os albergues-escola que a UNRWA se viu obrigada a preparar para abrigar todos os que tiveram que abandonar sua casa.

Outras fontes elevam este número, já que muitos palestinos abandonaram seus lares para refugiar-se com parentes em outra área enquanto outros tiveram que buscar proteção nos jardins dos hospitais.

"Este é um momento de inflexão para a UNRWA, já que o número de pessoas que buscam asilo já é o dobro do que houve durante o conflito de 2009", no qual Israel também entrou por terra na Faixa, afirmou.

"Estamos sendo testemunhas de uma enorme e acelerada onda de refugiados devido à ofensiva terrestre israelense. É de máxima importância que as duas partes em conflito cumpram de forma escrupulosa suas obrigações em respeito ao direito internacional humanitário", acrescentou.

O exército israelense empreendeu na quinta-feira passada uma incursão terrestre em Gaza, cuja primeira consequência foi uma intensificação dos bombardeios em toda a Faixa, onde já morreram cerca de 550 pessoas, em sua maioria civis.

Além dos abrigos da UNRWA, a população de Gaza não tem outro lugar para fugir, já que Israel impõe um assédio militar por terra e mar sobre a Faixa, e o Egito mantém fechada a única passagem que comunica Gaza com o resto do mundo. EFE

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