Talibãs: três membros das forças afegães faleceram e 15 ficaram feridos nestas ações, nas quais também morreram dois civis e 16 foram feridos (Abdul Malik / Reuters)
Da Redação
Publicado em 13 de abril de 2016 às 15h18.
Cabul - Pelo menos 69 pessoas morreram e 116 ficaram feridas, a maioria supostos insurgentes, no início da ofensiva de primavera dos talibãs no Afeganistão, que coincide com a aprovação de um plano do governo contra a insurgência, informaram nesta quarta-feira fontes oficiais.
Os talibãs começaram ontem a campanha com a qual cada ano aumentam as operações militares contra tropas afegãs e estrangeiras, no mesmo dia em que o Executivo de Cabul aprovou pela primeira vez, embora não tenha vazado a informação até hoje, um plano militar de cinco anos contra os insurgentes.
De acordo com dados do Ministério da Defesa, o Exército e autoridades provinciais, entre ontem e hoje morreram em ataques e enfrentamentos entre talibãs e as tropas afegãs pelo menos 64 supostos insurgentes e 85 ficaram feridos em distintas zonas do país asiático.
Além disso, três membros das forças afegães faleceram e 15 ficaram feridos nestas ações, nas quais também morreram dois civis e 16 foram feridos.
As operações insurgentes ocorreram especialmente em áreas montanhosas da província oriental de Kunar, onde os talibãs têm uma forte presença em zonas remotas e atacaram durante horas postos de controle das tropas, segundo o Exército.
"Os talibãs lançaram vários morteiros em aldeias que caíram em casas de civis", disse à Agência Efe o porta-voz do governador provincial, Abdul Ghani Mosamem.
O lançamento de morteiros contra casas de civis também aconteceu em Logar (leste do país), afirmou à Agência Efe o porta-voz do governador nesta província, Salim Saleh.
As batalhas ocorreram também em províncias como Kapisa, Kunduz, Sar-e-Pul, Jawzjan, Balkh, Ghazni, Herat e Laghman.
O governo afegão anunciou um plano militar para cinco anos aprovado em paralelo ao início da habitual ofensiva de primavera dos talibãs, após semanas de tentativas infrutíferos de levar o grupo insurgente à mesa de negociação.
Os talibãs liderados pelo mulá Mansur rejeitaram a oferta de diálogo e asseguraram que lançarão ataques "a grande escala" e realizarão assassinatos seletivos e ações estratégicas.