Mosul: continuam os trabalhos de resgate e de apoio às famílias deslocadas (Reuters)
EFE
Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 14h49.
Erbil - Mais de 180 mil pessoas foram deslocadas desde que começou em outubro do ano passado a ofensiva para libertar a província de Ninawa, no norte do Iraque, cuja capital é Mosul, do controle do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), informou nesta quinta-feira o Ministério de Deslocamento e Migração do país.
Em comunicado, o Ministério afirmou que os acampamentos onde estão as pessoas deslocadas de suas casas ficam, em sua maioria, na região autônoma do Curdistão iraquiano, assim como no sul de Mosul, e no norte das províncias de Tikrit e Kirkuk.
A pasta assinalou que continuam com os trabalhos de resgate e de apoio às famílias deslocadas, e distribuindo ajuda humanitária e de primeira necessidade.
Na nota, se detalhou que o presidente da Comissão Suprema de Resgate e Apoio, Jassim Mohammed al Jaf, anunciou a distribuição de uma quantidade de dinheiro para construir vários acampamentos, assim como 500 caravanas para dar asilo aos deslocados nas províncias de Tikrit e Kirkuk.
Milhares de famílias estão cercadas na parte ocidental da cidade de Mosul, de onde algumas delas tentam fugir para a fronteira síria, com o objetivo de escapar da brutalidade do EI e das difíceis condições nas quais vivem no setor ocidental.
Segundo a ONU, entre 1,2 e 1,5 milhão de pessoas viviam em Mosul antes do começo da ofensiva, mas o prefeito da cidade, Abdelzatar al Haba, disse à Agência Efe que estima que dentro da cidade permaneceram pelo menos 900 mil civis nos últimos três meses, no meio do fogo cruzado.
A ofensiva para expulsar o EI de Mosul e de toda a província de Ninawa se intensificou a partir da última semana de dezembro.
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