Luis Almagro: a ministra das Relações Exteriores venezuelana, Delcy Rodríguez, lançou vários insultos contra o secretário-geral OEA, que estava sentado ao lado e permaneceu sem expressão (Daniel Caselli/AFP/AFP)
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de março de 2017 às 20h02.
Washington - O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) se reunirá nesta terça-feira para analisar a situação na Venezuela mesmo após o país solicitar suspensão do evento, argumentando que houve atos "graves" e "irregulares" no grupo.
O embaixador de Belize, Patrick Andrews, que exerce a presidência rotativa do Conselho Permanente, disse hoje que não houve nenhum pedido formal para cancelamento da sessão.
"A reunião segue de pé", comentou o diplomata ao final de uma audiência convocada por Caracas.
Apesar disso, a embaixadora venezuelana na OEA, Carmen Velásquez, disse que sua delegação solicitou formalmente na véspera a suspensão da reunião, com a alegação de que "insiste em abordar o tema da Venezuela sem consentimento devido do Estado venezuelano".
A ministra das Relações Exteriores venezuelana, Delcy Rodríguez, qualificou o caso como uma "grave e irregular violação dos princípios" da OEA.
Ela lançou vários insultos contra o secretário-geral da entidade, Luis Almagro, que estava sentado ao lado e permaneceu sem expressão.
Almagro não se pronunciou.
No total, 14 dos membros da OEA pediram à Venezuela na semana passada a libertação de presos políticos, a convocação de eleições e o respeito às decisões da Assembleia Nacional.
As nações disseram que a suspensão do país da OEA deveria ser a última opção.