Venezuela: Para secretário-geral da OEA, recusar ajuda é violar a vida e a saúde dos venezuelanos (Ricardo Moraes/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 22 de fevereiro de 2019 às 20h24.
Última atualização em 22 de fevereiro de 2019 às 20h27.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, disse que a proibição da entrada de ajuda humanitária na Venezuela, imposta pelo presidente Nicolás Maduro, representa uma violação dos direitos humanos. Em sua conta no Twitter, Almagro afirmou que a comunidade internacional não permitirá que o governo Maduro cometa crimes contra a população venezuelana.
"Repressão e ameaças de violência contra o povo para impedir a entrada de ajuda humanitária na Venezuela pelas forças repressivas ilegítimas é um ataque criminoso que viola os direitos humanos dos venezuelanos. A comunidade internacional não permitirá isso", escreveu Almagro.
Almagro respondeu à mensagem da embaixadora da Venezuela no Brasil, Maria Teresa Belandría, no Twitter. "Inaceitável e condenável. Mais uma vez eles atacam a população que apenas pede ajuda", disse a embaixadora.
Una vez más condenamos y advertimos a la dictadura usurpadora de #Venezuela que deben cesar los crímenes contra la población indefensa. Muchos heridos están siendo tratados en un hospital del Estado de Roraima gracias a la solidaridad de las autoridades de #Brasil. #OEAconVzla https://t.co/XMKTxQCbe6
— Luis Almagro (@Almagro_OEA2015) February 22, 2019
Para Almagro, o bloqueio à ajuda humanitária é "uma séria responsabilidade criminal contra a humanidade". Ao recusar a ajuda, afirmou, "a ditadura usurpadora da Venezuela viola o direito à vida e à saúde das pessoas de maneira sistemática".
Segundo o secretário-geral da OEA, a organização condena a ação do governo venezuelano e defende o fim dos ataques à população: "Mais uma vez, condenamos e advertimos a ditadura usurpadora da Venezuela de que os crimes contra a população indefesa devem cessar".
De acordo com Almagro, feridos no conflito na fronteira estão sendo atendidos em um hospital de Roraima, "graças à solidariedade das autoridades do Brasil".