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OEA deve mudar política antidrogas em três anos

Os chanceleres americanos estudam novas estratégias diante da evidência de que a atual política antidrogas americana, baseada na repressão, é um fracasso

O secretário americano de Estado, John Kerry (E), e o presidente da Guatemala, Otto Péres Molina
 (AFP)

O secretário americano de Estado, John Kerry (E), e o presidente da Guatemala, Otto Péres Molina (AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2013 às 09h22.

Antigua - A Organização dos Estados Americanos (OEA) poderá iniciar a mudança de sua política contra as drogas a partir de 2016, após obter um consenso na declaração final da Assembleia Geral que se realiza na cidade guatemalteca de Antigua, informou nesta quarta-feira o chanceler anfitrião, Fernando Carrera.

"Provavelmente, a estratégia 2016-2020 expressará uma renovação na política continental de combate às drogas", afirmou Carrera em entrevista coletiva, ao anunciar um "consenso oral" sobre a declaração final, após uma reunião privada entre chanceleres e chefes de delegações.

O debate, que reúne 26 chanceleres e delegados dos 34 membros ativos da OEA, gira em torno da busca de novas estratégias diante da evidência de que a atual política antidrogas americana, baseada na repressão, é um fracasso.

A discussão é baseada em um relatório elaborado pela OEA solicitado durante a Cúpula das Américas de 2012, em Cartagena (Colômbia), por iniciativa do presidente guatemalteco, Otto Pérez, visando buscar alternativas à guerra contra as drogas.

Carrera informou ainda que haverá uma reunião extraordinária da OEA no próximo ano para aprofundar a nova estratégia regional contra este flagelo, prevista para o primeiro semestre de 2014.


O chanceler destacou que antes da Assembleia Geral extraordinária será preciso aprofundar os insumos técnicos com a recopilação de informações, reuniões inter-regionais e análises da Organização Pan-Americana da Saúde (OPS).

"Os insumo técnicos poderão ser discutidos no primeiro semestre do próximo ano, em uma data a ser definida, em uma assembleia geral extraordinária da OEA".

"Na Assembleia Extraordinária os chanceleres terão insumos técnicos (...) para ir aprofundando o diagnóstico e a elaboração de propostas".

"Posteriormente, na Assembleia Geral dos chanceleres procuraremos tratar da busca de resultados, de direcionamentos, o que seria o início de uma discussão para definir a estratégia continental contra as drogas para o período 2016-2020".

Segundo Carrera, a proposta será levada à "conferência mundial sobre política de combate às drogas convocada pelas Nações Unidas para 2016".

"Com isto definimos um caminho para ir orientando e reorientado a política continental de combate às drogas" a partir de 2016, concluiu.

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