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Odebrecht não pode continuar no Peru, diz vice-presidente do país

"A Odebrecht, uma empresa que claramente cometeu atos de corrupção, não pode continuar trabalhando no Peru. Ela tem de sair", disse Martín Vizcarra

odebrecht (Paulo Whitaker/Reuters/Reuters)

odebrecht (Paulo Whitaker/Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de julho de 2017 às 09h24.

São Paulo - O vice-presidente do Peru, Martín Vizcarra, afirmou neste sábado (22) que a construtora Odebrecht não pode mais continuar trabalhando no país por estar envolvida em corrupção de funcionários, além de ex-presidentes de países da América do Sul.

"A Odebrecht, uma empresa que claramente cometeu atos de corrupção, não pode continuar trabalhando no Peru. Ela tem de sair, conforme está previsto na legislação", disse Vizcarra à rádio peruana RPP.

"Assim como temos sido rígidos com a lei de Morte Civil para funcionários corruptos, temos que fazer o mesmo: empresa corrupta não pode trabalhar no Peru", afirmou. Para Vizcarra, o governo precisa dar exemplos de "luta sincera contra a corrupção" para recuperar a confiança da população peruana.

A lei a que Vizcarra se refere foi aprovada pelo poder Executivo em outubro de 2016 com a intenção de ampliar a pena de funcionários condenados por corrupção.

Eles podem perder o direito de assumir cargos públicos, ainda que eletivos, pelo período de 6 meses a 20 anos, e ainda há uma cláusula que prevê inabilitação perpétua para quem atue como membro de uma organização criminosa ou cuja conduta tenha prejudicado programas de assistência social.

No último dia 14, o ex-presidente do Peru Ollanta Humala e sua mulher, Nadine Heredia, foram presos preventivamente sob acusações de lavagem de dinheiro ligada à Odebrecht. Eles negam envolvimento com o caso e aguardam julgamento.

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