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Ocidente não respeita compromissos sobre sanções, diz Irã

Segundo Seif, o Irã continua sem gozar das "condições normais" e ainda aguarda uma "rápida aplicação" dos compromissos


	Irã: o dirigente lamentou a incerteza mantida sobre o direito dos bancos estrangeiros, particularmente os europeus, a operar no Irã
 (Mohammad Berno/AFP)

Irã: o dirigente lamentou a incerteza mantida sobre o direito dos bancos estrangeiros, particularmente os europeus, a operar no Irã (Mohammad Berno/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2016 às 15h21.

A comunidade internacional não respeita seus compromissos com o Irã no marco do acordo sobre seu programa nuclear e continua colocando "obstáculos" ao desenvolvimento econômico do país, afirmou nessa sexta-feira o presidente do Banco Central iraniano.

"Nada aconteceu se levarmos em conta a amplitude das atividades nas quais nos comprometemos e as expectativas que tínhamos, e esperamos que a outra parte respeitará seus compromissos", declarou Valiollah Seif em Washington, à margem das assembleias do FMI e do Banco Mundial.

Segundo Seif, o Irã continua sem gozar das "condições normais" e ainda aguarda uma "rápida aplicação" dos compromissos assumidos pela comunidade internacional.

O dirigente lamentou a incerteza mantida sobre o direito dos bancos estrangeiros, particularmente os europeus, a operar no Irã.

"A razão pela qual os bancos europeus duvidam e não têm coragem de trabalhar com os bancos iranianos é que eles temem as enormes sanções que lhes impuseram", afirmou o presidente do Banco Central iraniano.

O francês BNP Paribas, por exemplo, teve que pagar em 2014 nos Estados Unidos uma multa de aproximadamente 9 bilhões de dólares por ter violado as sanções contra o Irã.

Os Estados Unidos suspenderam as sanções impostas pelo programa nuclear da República Islâmica, mas em março anunciou a aplicação de novas sanções a empresas por seu apoio ao programa de mísseis balísticos desse país.

Washington afirma que não permitirá que Teerã tenha acesso ao sistema financeiro americano, pondo em dúvida a possibilidade de realizar transações denominadas em dólares com o Irã.

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