Paris: hoje uma multidão se reuniu em Paris contra violência (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2015 às 14h42.
Paris - Oficiais de segurança que se encontraram em Paris neste domingo após os ataques terroristas da última semana concordaram em reforçar a segurança no combate a atos terroristas. De acordo com o Ministro do Interior da França Bernard Cazeneuve, os países trabalham com formas de reforçar os controles de fronteira, melhorar a cooperação na vigilância de combatentes internacionais a caminho da Síria e do Iraque e combater propaganda e esforços de recrutamento na internet por grupos terroristas.
O procurador-geral do Estados Unidos, Eric Holder, que viajou para a capital francesa para acompanhar a marcha popular na cidade, disse que a Casa Branca convocou uma cúpula sobre a luta contra o extremismo para 18 de fevereiro. "Devemos lidar não apenas com punir os culpados, mas com as razões que provocaram os ataques", afirmou.
A cúpula vai ressaltar esforços para impedir extremistas de "radicalizarem, recrutarem ou inspirarem outros indivíduos", disse o secretário de Imprensa da Casa Branca, Josh Earnest, em nota.
Cazeneuve afirmou que oficiais de segurança iriam melhorar o compartilhamento de informações sobre itinerários de passageiros e outros dados que podem ajudar a encontrar combatentes.
As autoridades estimam que milhares de ocidentais, incluindo cidadãos franceses, viajaram à Síria e ao Iraque para se aproximarem do grupo terrorista Estado Islâmico. Muitos deles foram recrutados com ajuda de uma sofisticada operação de propaganda do grupo.
Neste domingo, o grupo divulgou um vídeo que parecia ser de Amedy Coulibaly, o suposto atirador do supermercado em Paris, prometendo lealdade ao Estado Islâmico.
"Nossa ação deve continuar com centrada em lutar contra a radicalização, especialmente via internet, e fortalecendo os meios de combater as ações de diferentes formas de terrorismo, notadamente prejudicando sua capacidade de viajar, disse Cazeneuve.
O ministro do Interior da Espanha, Jorge Fernández Díaz, afirmou em entrevista ao jornal El País este domingo que a Espanha apoia o controle mais duro nas fronteiras na Europa, acrescentando que é possível que a possível consequência seria uma mudança na regra que permite viajar sem passaporte pela maior parte dos países da União Europeia. Fonte: Dow Jones Newswires.