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OCDE diz que BCE deveria cortar juros

Para a organização o Banco Central Europeu deveria afrouxar sua política monetária novamente e adotar medidas "extraordinárias" mais radicais para salvar a economia

Segundo o documento da OCDE, o BCE deve comprar bônus e estabelecer um limite para os yields (Ralph Orlowski/Getty Images)

Segundo o documento da OCDE, o BCE deve comprar bônus e estabelecer um limite para os yields (Ralph Orlowski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2011 às 09h17.

Londres - A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirmou hoje que o Banco Central Europeu (BCE) deveria afrouxar sua política monetária novamente e pode até mesmo ter de adotar medidas "extraordinárias" mais radicais para salvar a economia da zona do euro. As informações estão no relatório da organização sobre as previsões para 2012.

"Medidas extraordinárias mais radicais serão necessárias se a transmissão da política monetária na zona do euro como um todo se tornar mais seriamente enfraquecida", diz o documento. "O BCE deve comprar bônus e estabelecer um limite para os yields, ou um piso para o valor dos bônus, para que os mercados saibam que existe uma contraparte pronta para negociar esses bônus nesse nível", diz Pier Carlo Padoan, economista-chefe da instituição. O comitê de política monetária do BCE se encontra no dia 8 dezembro. Em novembro, a taxa básica de juros do bloco foi cortada em 25 pontos-base, para 1,25%.

Padoan também comentou que o BCE deveria visar manter as taxas interbancárias na zona do euro no menor nível possível, como uma das várias medidas para ajudar a restaurar a confiança. Separadamente, a OCDE endossou a visão de que os bancos da região precisam de uma "grande recapitalização", com recursos da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (ESFF, na sigla em inglês).

A OCDE também afirmou que a reestruturação das dívidas soberanas no Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês), que deve entrar em vigor em meados de 2013, deve ser voluntária. Mas ao mesmo tempo a organização cobrou que todos os países da zona do euro "aprimorem" a estrutura fiscal nacional, uma aparente referência ao equilíbrio do orçamento e a introdução de novas regras que visem acabar com os déficits estruturais no futuro. As informações são da Dow Jones.

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