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Observadores na Síria são testados até o limite

Foram constatadas uma série de violações ao cessar-fogo negociado com o governo do presidente Bashar Al Assad

Após 13 meses de "conflito e brutalidade" no país, como observou Annan, há "pouca confiança" entre as partes e "profundas dúvidas sobre as genuínas intenções" do governo e de oposicionistas (Lintao Zhang/ Getty Images)

Após 13 meses de "conflito e brutalidade" no país, como observou Annan, há "pouca confiança" entre as partes e "profundas dúvidas sobre as genuínas intenções" do governo e de oposicionistas (Lintao Zhang/ Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2012 às 07h53.

Brasília – O enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, disse hoje (25) que a missão de observadores que está no país constatou uma série de violações ao cessar-fogo negociado com o governo do presidente Bashar Al Assad. Para Annan, a paciência dos observadores será "testada até o limite". Segundo ele, o acordo foi cumprido apenas de forma “parcial” tanto pelo governo quanto pela oposição.

Kofi Anann disse que nessas circunstâncias a paz que se tenta construir nunca poderá ser perfeita e que todos têm ficado chocados com os acontecimentos na Síria. "Mas, se tivermos sucesso, as possibilidades são muito melhores do que quaisquer oferecidas pela guerra", acrescentou, em texto distribuído aos integrantes do Conselho de Segurança da ONU.

"A nossa paciência tem sido severamente testada, algo bem próximo do limite. Mas também vimos sinais de possibilidade de as partes cessarem a violência, que pode levar a um processo político e a uma saída pacífica para a crise", completou Annan.

Desde o dia 12, um grupo de oito observadores desarmados está na Síria. O Conselho de Segurança da ONU quer que 300 pessoas sejam enviadas ao país para permanecer, inicialmente, até o dia 30. A ideia é que a missão atue na região por 90 dias.

Após 13 meses de "conflito e brutalidade" no país, como observou Annan, há "pouca confiança" entre as partes e "profundas dúvidas sobre as genuínas intenções" do governo e de oposicionistas. Pelo menos 20 mil pessoas foram assassinadas, segundo a ONU.

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