Barack Obama explica que a implementação de seu plano também beneficiará a educação norte-americana (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2011 às 14h47.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu novamente ao Congresso que aprove seu plano para a criação de empregos que, segundo sua opinião, também ajudará a melhorar o sistema educacional e a competitividade global do país.
"Se falarmos com seriedade sobre a construção de uma economia que perdure - uma economia na qual o trabalho duro seja compensado com a oportunidade de trabalhos sólidos para a classe média - é melhor que falemos com seriedade sobre a educação", disse Obama durante seu habitual discurso de sábado por rádio e internet.
O presidente americano lembrou que os estudantes do país se mantêm na retaguarda de seus pares em outras partes do mundo nas áreas de matemática, ciências e leitura, e que até um quarto dos alunos nos EUA não termina o ensino médio.
Além disso, o país ocupa o 16º lugar no ranking de estudantes com diplomas universitários, apesar de 60% dos empregos na próxima década "requererem algo mais que um diploma de ensino médio", destacou Obama.
Seu plano para a criação de empregos, no valor de US$ 447 bilhões, inclui fundos para a contratação de "dezenas de milhares de professores" e a modernização de pelo menos 35 mil escolas, lembrou.
Em nível nacional, a crise orçamentária atravessada pelos Governos estaduais provocou cortes nos fundos destinados às escolas.
Na sexta-feira, Obama anunciou a flexibilização da reforma educativa promulgada por seu antecessor, George W. Bush, que exigia das escolas uma maior prestação de contas pela aprendizagem dos estudantes.
Dessa forma, os Governos estaduais terão mais flexibilidade para cumprir as normas educativas e elaborar "formas inovadoras para ensinar às crianças as habilidades que necessitam para concorrer por trabalhos no futuro", acrescentou Obama.
O líder, cuja popularidade sofreu uma queda nas pesquisas, promove seu plano de empregos no momento em que a recuperação econômica desponta como o tema dominante da campanha eleitoral de 2012.
Seus rivais republicanos atacaram desde o início sua agenda econômica, argumentando que esta não afeta a taxa de desemprego, que atualmente está em 9,1%.