Membro do exército livre da Síria: "Estamos tentando impedir que a opressão não seja substituída pela opressão, mas pela liberdade e pelas oportunidades", afirmou Obama. (Giath Taha/Reuters)
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2013 às 16h44.
Amã - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, expressou nesta sexta-feira seu temor de que "a Síria se transforme em um paraíso de extremistas", em entrevista coletiva na Jordânia, onde anunciou uma ajuda adicional de US$ 200 milhões para os refugiados sírios neste país.
"Estamos tentando evitar divisões sectárias no futuro Estado sírio", afirmou o líder americano na entrevista conjunta com o rei jordaniano, Abdullah II.
Por esse motivo, Obama destacou a necessidade de acelerar a transição política na Síria.
"Estamos tentando impedir que a opressão não seja substituída pela opressão, mas pela liberdade e pelas oportunidades", acrescentou.
Obama anunciou uma ajuda adicional de US$ 200 milhões para a Jordânia a fim de que possa atender os mais de 460 mil refugiados sírios que se encontram em seu território.
O presidente dos EUA explicou que esta assistência se materializará em serviços básicos para os refugiados, como escolas para as crianças deslocadas.
O líder ressaltou que a Jordânia enfrenta grandes desafios econômicos, por fatores internos e externos, entre eles o crescente fluxo de refugiados sírios no país, e expressou o respaldo de Washington a seu aliado na região.
Obama chegou hoje à Jordânia na última escala de uma visita pelo Oriente Médio, que lhe levou também a Israel e Palestina.
O presidente dos EUA se mostrou em Amã confiante sobre um hipotético reatamento do estagnado processo de paz entre israelenses e palestinos.
"Acho que ambas partes podem construir a confiança de forma séria. Seria bom para os israelenses e os palestinos", considerou.
Outro dos temas analisados em suas conversas com Abdullah II foi o programa nuclear iraniano.
A este respeito, Obama reiterou que manterá "todas as opções disponíveis para evitar que o Irã tenha uma arma nuclear porque as consequências seriam extraordinariamente perigosas para a região e o mundo".
Mesmo assim, insistiu que a melhor solução para este assunto é a diplomática e assinalou que não se trata só de uma ameaça para EUA ou Israel, mas para a comunidade internacional.