Soldado saúda a bandeira dos EUA durante cerimônia para o retorno das tropas do Afeganistão, em Fort Carson, Colorado (John Moore/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2014 às 18h40.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ao Pentágono que se prepare para a possibilidade de que nenhum soldado dos EUA permaneça no Afeganistão, já que o presidente afegão, Hamid Karzai, se recusa a assinar um acordo conjunto de segurança.
Os EUA dizem que depois da retirada oficial de suas tropas do Afeganistão, até o fim deste ano, poderiam deixar um contingente de cerca de 8 mil soldados para operações de contraterrorismo em alvos da Al Qaeda e treinamento de forças afegãs.
Mas a recusa de Karzai em assinar um acordo de segurança vem frustrando a Casa Branca, que foi forçada a abandonar uma exigência anterior de que ele firmasse o acordo dentro de semanas, e não meses.
"Especificamente, o presidente Obama pediu ao Pentágono que se certifique de ter planos adequados para promover uma retirada ordeira até o final do ano, para o caso de os Estados Unidos não manterem nenhum soldado no Afeganistão depois de 2014", disse a Casa Branca em um comunicado nesta terça-feira.
Obama afirmou a Karzai em uma conversa por telefone nesta terça que ele deu a ordem ao Pentágono, informou a Casa Branca. O telefonema de Obama a Karzai foi a primeira conversa substancial entre s dois líderes desde junho.
Firmando uma nova posição, o comunicado da Casa Branca diz: "Nós deixaremos aberta a possibilidade de concluir um acordo bilateral de segurança (BSA, na sigla em inglês) até o fim deste ano. No entanto, quanto mais tempo passar sem um BSA, mais difícil será planejar e executar qualquer missão dos EUA".
E quanto mais tempo os dois países seguirem sem um acordo de segurança "o mais provável será que qualquer missão dos EUA depois de 2014 seja menor em escala e ambição", diz o comunicado.
Os EUA têm atualmente 33.600 soldados no Afeganistão e estão retirando as tropas como parte da promessa de Obama de encerrar uma operação de 12 anos no país, iniciada depois dos atentados de 11 de setembro de 2001.