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Obama reprova atitude dos republicanos mas acredita em acordo sobre dívida

Obama comentou sobre a crise da dívida americana no horário nobre da TV, enquanto republicanos e democratas continuam num impasse

Obama pediu ao povo americano que pressione o Congresso a adotar um compromisso (Getty Images / Scott Olson)

Obama pediu ao povo americano que pressione o Congresso a adotar um compromisso (Getty Images / Scott Olson)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2011 às 00h10.

Washington-O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, alertou os americanos na noite desta segunda-feira de que o aumento da dívida do país pode trazer "sérios danos" à economia se não ocorrer de forma controlada, e criticou a atitude dos republicanos sobre a questão.

Obama comentou sobre a crise da dívida americana no horário nobre da TV, enquanto republicanos e democratas continuam num impasse sobre o acordo de elevação do limite da dívida americana.

"Se nós ficarmos na situação atual, nossa crescente dívida poderá custar empregos e trazer sérios estragos para a economia", advertiu Obama.

O presidente denunciou que a atitude dos republicanos sobre a questão produz um impasse "perigoso", mas manifestou sua crença em um acordo sobre a elevação do teto da dívida.

Obama rejeitou a proposta republicana de aumentar o teto da dívida de forma temporária, argumentando que isto deixaria os problemas sérios sem solução e levaria à reedição da atual crise no prazo de seis meses.

"Esta não é a maneira de se governar o maior país da Terra. Este é um jogo perigoso que jamais fizemos antes, e não podemos fazê-lo agora, não quando empregos e o sustento de tantas famílias estão em jogo".

Obama pediu ao povo americano que pressione o Congresso a adotar um compromisso. "Se vocês desejam um enfoque equilibrado para a redução do déficit, digam isto a seus representantes".

"Disse aos líderes dos dois partidos que devem chegar a um acordo nos próximos dias que possa ser aprovado pelas duas câmaras do Congresso, um compromisso que eu possa promulgar. Estou certo de que poderemos selar este compromisso".

O presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, reagiu ao discurso afirmando que os Estados Unidos "não podem entrar em default, mas advertiu que o "povo americano não aceitará um aumento da dívida sem cortes significativos nos gastos e uma reforma".

Boehner admitiu que "os empregos e a poupança de um grande número de americanos estão em jogo", mas acusou Obama de não aceitar as soluções propostas pelos republicanos.

O líder republicano afirmou que "o enfoque equilibrado de Obama em Washington significa o seguinte: nós gastamos mais e vocês pagam mais (...) e os aumentos de impostos destruirão os empregos".

Obama quer que o Congresso aumente o limite de 14,3 trilhões de dólares de endividamento para evitar o default na administração federal, mas os republicanos exigem cortes drásticos de gastos e rejeitam aumentos de impostos para deter o déficit.

O Departamento do Tesouro advertiu hoje que os Estados Unidos poderão entrar em default a partir de 2 de agosto caso o Congresso não eleve o teto da dívida.

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