Barack Obama: "hoje temos uma oportunidade histórica para evitar a propagação de armas nucleares no Irã, de forma pacífica" (Kevin Lamarque/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2015 às 16h09.
Washington, - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reiterou neste sábado que o acordo preliminar alcançado com o Irã sobre seu programa nuclear é "de longe" a melhor opção para seu país, seus aliados e o mundo inteiro, ao ressaltar que nega ao regime iraniano "o plutônio necessário para fabricar uma bomba".
Em sua tradicional mensagem aos sábados, Obama reiterou que é "um bom acordo", que cumpre "objetivos fundamentais" dos EUA como as "limitações estritas" ao programa iraniano e impede o desenvolvimento de armas nucleares.
"A diplomacia é um trabalho minucioso. O êxito não está garantido. Mas hoje temos uma oportunidade histórica para evitar a propagação de armas nucleares no Irã, de forma pacífica e com o firme apoio da comunidade internacional", declarou Obama, seguindo a linha de seu discurso na última quinta-feira.
Logo pós o anúncio do acordo, o presidente americano foi à Casa Branca para defender o pacto, prioritário dentro de sua agenda para política externa nos seus dois últimos anos de mandato.
Obama assinalou em seu discurso deste sábado que o acordo "não se baseia na confiança" no Irã, mas "em uma verificação sem precedentes".
"Os inspetores internacionais terão um acesso sem precedentes ao programa nuclear do Irã. Se o Irã mentir, o mundo saberá", enfatizou o líder.
Os detalhes técnicos e legais do acordo nuclear devem ser negociados até o próximo dia 30 de junho e, segundo Obama, "nada está estipulado".
"Aqui, nos Estados Unidos, espero um forte debate. Manteremos o Congresso e o povo americano plenamente informados sobre o conteúdo do acordo", prometeu.
De fato, desde a quinta-feira Obama tenta vender o acordo com o Irã ao Congresso americano. Os republicanos, e também vários democratas, querem ter voz em pontos chave do acordo, como o do levantamento das sanções ao Irã.
No "debate" que se avizinha, Obama quer deixar claro que só há "três opções" de enfrentar o programa nuclear iraniano: o "bombardeio" de instalações, o que abriria "outra guerra" no Oriente Médio; confiar nas sanções, "apesar de sempre levarem o Irã a fazer mais progressos"; ou um acordo "robusto e verificável", como o que se acaba de ser selado.