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Obama promete apoio financeiro a presidente da Ucrânia

Presidente dos EUA disse que Petro Poroshenko foi a escolha certa para liderar o país em conflito

“O que os ucranianos disseram nas eleições é que eles rejeitam esse caminho. Eles rejeitam violência” (Mykola Lazarenko/Reuters)

“O que os ucranianos disseram nas eleições é que eles rejeitam esse caminho. Eles rejeitam violência” (Mykola Lazarenko/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2014 às 09h54.

Varsóvia - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, endossou o presidente eleito da Ucrânia, Petro Poroshenko nesta quarta-feira, oferecendo a Kiev ajuda financeira e na área da segurança e dizendo que ele foi a escolha certa para liderar o país, que está com relações tensa com a Rússia.

Em seu primeiro encontro desde que o magnata do setor de doces foi eleito no mês passado, em meio a confrontos armados no leste da Ucrânia, Obama disse estar impressionado pela visão de Poroshenko para tirar seu país da crise.

“O que os ucranianos disseram nas eleições é que eles rejeitam esse caminho. Eles rejeitam violência”, e querem a oportunidade de determinar o próprio futuro, disse Obama a repórteres após se reunir com Poroshenko na capital polonesa.

“Esta é a esperança que o presidente Poroshenko representa”, disse Obama. “Em minhas conversas com ele hoje, está claro que ele compreende as esperanças e aspirações do povo ucraniano”.

Obama disse que havia discutido os planos de Poroshenko para restaurar a paz e a ordem na Ucrânia e reduzir a dependência sobre a energia vinda da Rússia. “Eu fiquei profundamente impressionado com sua visão”, afirmou Obama.

Falando após a conversa, Poroshenko disse estar pronto para apresentar em breve um plano para “a resolução pacífica da situação” em breve, após sua posse no sábado. Ele não deu detalhes, mas tem apoiado ofensivas militares contra os rebeldes.

Conhecido por alguns ucranianos como o “rei do chocolate”, Poroshenko venceu a eleição presidencial de 25 de maio, convocada após o presidente anterior, Viktor Yanukovich, apoiado pelo Kremlin, ter fugido para a Rússia em fevereiro após um levante popular contra ele.

A Rússia tomou o controle da península da Crimeia, que abrigava sua frota do Mar Negro, e a anexou a seu território em março, levando à mais severa crise entre leste e oeste desde o fim da Guerra Fria.

Poroshenko assumirá um país com graves conflitos. Separatistas armados pró-Rússia estão combatendo forças do governo central no leste do país, ao passo que a Rússia está ameaçando cortar o fornecimento de gás à Ucrânia pelo não pagamento de dívidas, e o governo ucraniano terá de conduzir dolorosas reformas econômicas como condição para obter auxílio do Ocidente.

Duras batalhas irromperam no leste da Ucrânia nesta quarta-feira pelo terceiro dia consecutivo, com baixas em ambos os lados. O Exército ucraniano está promovendo uma pesada ofensiva contra o bastião separatista de Slaviansk.

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