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Obama: política de imigração com Cuba não fazia mais sentido

Essa política tratava os cubanos de forma diferente de outros imigrantes procedentes de países como El Salvador e Guatemala, lembrou Obama

Obama: o líder americano detalhou que houve "longas conversas" com o Departamento de Segurança Nacional sobre a mudança (Joshua Roberts/Reuters)

Obama: o líder americano detalhou que houve "longas conversas" com o Departamento de Segurança Nacional sobre a mudança (Joshua Roberts/Reuters)

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EFE

Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 20h17.

Washington - O presidente dos Estados Unidos em fim de mandato, Barack Obama, defendeu nesta quarta-feira a decisão de eliminar a política de "pés secos, pés molhados" para os imigrantes ilegais cubanos ao considerar que não fazia mais sentido dentro do processo de normalização das relações com Cuba.

Essa política tratava os cubanos de forma "completamente diferente" de outros imigrantes procedentes de países como El Salvador e Guatemala, lembrou Obama na última entrevista coletiva como presidente antes de passar o bastão para Donald Trump na sexta-feira.

Segundo Obama, essa política "fazia uma distinção" entre os que chegavam aos EUA por terra ou por ar, "uma velha maneira de pensar que não fazia sentido" atualmente, especialmente com a "abertura" das viagens entre ambos os países.

O líder americano detalhou que houve "longas conversas" com o Departamento de Segurança Nacional sobre a mudança e "duras negociações com o governo cubano", mas tomou a decisão de eliminar essa política porque ambas as partes consideravam "justo e apropriado à natureza em transformação da relação entre os dois países".

O fim dessa política, que concedia aos cubanos imigrantes ilegais que conseguissem chegar ao território americano a possibilidade de ficar no país e obter a residência permanente um ano depois, decepcionou muitos em Cuba que se preparavam para imigrar e agora estão no México e na América Central.

O assessor adjunto de segurança nacional de Obama, Ben Rhodes, descartou na terça-feira que haja uma exceção para esses imigrantes ilegais cubanos que estavam a ponto de chegar aos EUA.

Rhodes também afirmou que, pouco antes de fazer o anúncio na quinta-feira passada, o governo de Obama informou sobre essa decisão à equipe do presidente eleito americano, Donald Trump, e que os integrantes do novo governo "não expressaram nenhuma oposição a essa mudança" na política migratóriaem relação a Cuba.

Trump, que assumirá o poder nesta sexta-feira, ameaçou pôr fim ao restabelecimento diplomático com Cuba iniciado por Obama, a não ser que o governo cubano firme "um acordo melhor".

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