O presidente pede a republicanos que deixem de lado as brigas ideológicas (Yuri Gripas/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2011 às 20h00.
Washington - O presidente Barack Obama pediu aos republicanos, neste sábado, que deixem de lado as "brigas ideológicas" e voltem as atenções para a criação de empregos, no momento em que pressiona o Congresso para iniciar as votações o seu pacote para a criação de empregos.
De olho nas eleições de 2012, Obama está trabalhando com os democratas para dividir sua proposta de lei de emprego de 447 bilhões de dólares -- que os republicanos bloquearam no Senado na terça-feira -- e desafiar seus adversários para que mostrem de que lado estão.
Obama usou seu programa semanal de rádio para apresentar a estratégia de retratar os republicanos como obstrucionistas que estão impedindo sua iniciativa para melhorar a economia e reduzir o alto índice de desemprego, considerado crucial para suas perspectivas de reeleição.
Os republicanos disseram que o pacote original de Obama estava repleto de gastos excessivos e aumentos contraproducentes em impostos para os mais ricos, e que agora ele estava mais interessado em demonizá-los do que em trabalhar para encontrar um terreno comum.
O impasse na questão de empregos aumentou as preocupações de que a disfunção política em Washington poderia tornar impossível a aprovação de medidas que estimulem as contratações antes das eleições presidenciais e legislativas no próximo ano.
"Os republicanos (da Câmara dos Deputados) passaram os últimos dias buscando brigas ideológicas entre os partidos", disse Obama, citando as propostas republicanas da semana passada para afrouxar as regulamentações ambientais e restringir o financiamento ao aborto.
Mas Obama, que adotou um tom cada vez mais populista nos debates sobre emprego apesar do recuo em seu índice nas pesquisas de opinião, disse que daria aos republicanos "outra chance para passar mais tempo se preocupando com seus empregos do que em preservar os deles." "Na semana que vem, pedirei aos membros do Congresso para votarem no sentido de colocar centenas de milhares de professores de volta às salas de aula, policiais nas ruas e bombeiros de volta em seus empregos", afirmou, identificando a primeira parte da proposta que quer colocar diante dos legisladores. "Se eles votarem 'não' para isso, terão de explicar a vocês porque."